quinta, 26 de dezembro de 2024

Policial Luis Paulo Izidoro, responsável pela morte do jovem Brian será levado a júri popular

Publicado em 05 jun 2017 - 01:13:56

           

Alexandre Mansinho

Até a última quinta-feira, 1/6, o promotor de justiça Dr Silvio Brandini estava aguardando a decisão da Juíza da 2ª Vara Criminal do Fórum de Ourinhos, Renata Ferreira dos Santos Carvalho, se iria ou não para júri popular o caso Brian, jovem de Santa Cruz do Rio Pardo, morto pelo PM Luis Paulo Izidoro, durante abordagem policial na saída da 50ª FAPI, realizada em junho de 2016. 

O advogado de Izidoro, Osny Bueno de Camargo, estava alegando que não foi crime doloso e sim um acidente, porém no entendimento da Juíza é que se tratou sim de um crime doloso (com intenção de matar) praticado por motivo fútil e sem dar chance de defesa à vítima, e este crime tem que ir a júri popular. A data do julgamento ainda não foi marcada. O advogado do agente informou que entrará com recurso.

Relembre o caso: O jovem Brian Cristiano Bueno Silva, 22 anos, foi baleado no pescoço pelo soldado Luis Paulo Izidoro, 27 anos, na madrugada de quinta-feira, 9/6, em Ourinhos durante abordagem policial. O fato ocorreu por volta das 2h40, na avenida Jacinto Ferreira de Sá, via de acesso à Feira Agropecuária e Industrial de Ourinhos (Fapi).

Segundo informações da Polícia Militar, o carro Logus azul ocupado por 5 jovens andava em zigue-zague e um dos meninos teria derrubado alguns cones de sinalização, por isso foi dada ordem de parada.

Dois policiais pediram para que o carro parasse. Brian estava no banco da frente, do lado do motorista, e levou o tiro de um dos policiais. A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu a caminho da Santa Casa local. O policial foi preso em flagrante. Segundo a corporação, ele alega que o disparo foi acidental.

Em sua defesa, Izidoro alegou que os ocupantes do carro não atenderam à ordem de descer do veículo. Ao se aproximar da janela do passageiro, percebeu um movimento brusco de Brian e, por segurança, recuou. Nesse momento a arma teria disparado, sem que ele tivesse acionado o gatilho. A juíza entendeu que o conjunto de provas indicam que o jovem foi executado pelo policial. Izidoro vai aguardar o julgamento em liberdade.

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