quarta, 05 de fevereiro de 2025
Publicado em 26 fev 2015 - 11:19:17
Da redação
O movimento nacional dos caminhoneiros, que bloqueia estradas no país e atinge nesta quarta-feira (25) pelo menos 23 estados, conta com o apoio da Appagesp (Associação dos Proprietários de Pátios e Guinchos do Estado de São Paulo). A categoria empresarial que atua com os reboques denuncia que também foi impactada pelo aumento dos combustíveis e pela política econômica do governo federal, que eleva, sem contrapartidas, os custos do transporte no país.
O secretário geral da associação, José Augusto Javara, disse que os guincheiros são mais que solidários aos caminhoneiros. “Somos afetados pelo mesmo problema, compartilhamos das mesmas dificuldades. Por isso muitos donos de guincho estão parando seus veículos em protestos pelo país. Somos totalmente favoráveis a todos os manifestos pacíficos, sem depredações ou danos a quem não adere”, disse.
Javara lembrou o aumento superior a 8% do óleo diesel e a dificuldade dos proprietários de caminhões de pagar as dívidas contraídas no programa Pró-caminhoneiro, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Para ele, o governo federal tem que aumentar a carência, para permitir que o estradeiro tenha condições de sustentar sua família e não ficar inadimplente.
Além do preço do combustível, os proprietários de guinchos também se queixam da inoperância na esfera federal quanto à regulação nacional dos serviços de remoção de veículos no país. Atualmente, o mercado é regido apenas pelos interesses de grandes grupos de empresas seguradoras, que contratam os guinchos por preços irrisórios, sem a devida fiscalização de qualidade. “O lucro fica para estas companhias e nós ficamos com os riscos da operação e o serviço”, afirma.
A paralisação – Caso não sejam adotadas medidas efetivas e o movimento se estenda, a Appagesp poderá mobilizar a estrutura de seus associados e aderir com suspensões de atendimento dos guinchos. “Podemos parar por uma hora, por um dia, ou também colocar os guinchos nas estradas. Ainda estamos ouvindo as bases, mas sabemos que esse é um momento importante e não podemos ficar de braços cruzados”, disse o empresário e secretário geral da associação paulista.
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