A rodovia, que é pedagiada, tem trânsito constante de caminhões por ser um importante ramal de escoamento, no entanto, usuários reclamam das péssimas condições do asfalto e do perigo constante de acidentes

Fernando Lima

A Rodovia Transbrasiliana (BR-153) corta o Brasil de ponta a ponta e passa por nossa cidade. Ela é uma importante ligação entre os estados do sul do país com nossa região, por onde são escoadas as mais diversas produções, e o trânsito de caminhões é constante. A rodovia foi privatizada em 2008 e a concessionária Triunfo Transbrasiliana atualmente administra o trecho que vai de Icém (MG) até Ourinhos. 

USUÁRIOS INSATISFEITOS – O jornal EN DIA recebeu algumas reclamações de usuários da rodovia, sobre a precária situação do asfalto no trecho da BR-153 que vai de Ourinhos à Marília. Um caminhoneiro, de 42 anos, residente em Santo Antônio da Platina (PR), que preferiu não se identificar, disse que o trecho entre Ourinhos e Lins (SP) está abandonado. “Eu transito neste trecho praticamente toda semana, a gente não vence fazer manutenção no caminhão, já chegou até a estourar pneu por causa dos buracos”.

Uma outra usuária, que mora em Ourinhos, de 37 anos, trabalha em Marília e viaja diariamente pela rodovia. Ela diz não aguentar mais pagar pedágio em uma rodovia na situação atual em que se encontra. “Pagamos pedágio, o mínimo que eles deveriam nos dar é um asfalto decente. Não tem carro que aguente os buracos da rodovia, vive em manutenção e fora os perigos de acidente, porque às vezes temos que desviar de cada buraco enorme”, conta.

PEDÁGIO – A situação da rodovia preocupa os usuários que hoje pagam o valor de R$ 9,40 na tarifa de pedágio na praça que fica entre Ourinhos e Marília. Com a época de chuvas constantes, a situação se agrava ainda mais.

O QUE DIZ A CONCESSIONÁRIA – Nossa redação entrou em contato com a concessionária Triunfo Transbrasiliana, que nos enviou a seguinte nota: 

“A Triunfo Transbrasiliana atua rotineiramente com equipes internas e terceirizadas em toda sua malha viária com serviços diários e intervenções necessárias no pavimento da rodovia. Informamos ainda que intensificamos junto de nossas equipes internas e terceirizadas, os serviços de reparos superficiais e profundos, bem como execução de atividade de “tapa buraco” como “medida paliativa”, buscando manter a segurança dos usuários e evitar evoluções das patologias. Estão sendo realizadas diversas manutenções no trecho da reclamação, bem como programações de pontos a serem realizados para os próximos dias.”

A POPULAÇÃO PEDE URGÊNCIA – O gerente comercial de 52 anos, que trafega pela rodovia semanalmente, diz que a situação precisa ser mostrada para que providências sejam tomadas. “É revoltante pagar pedágio numa rodovia dessas. Eu atendo toda a região, e passo toda semana por ela, já tive que desviar de muito carro e caminhão que desviaram de buracos, é um perigo imenso, eles só tapam buraco, não adianta nada, precisamos de uma solução definitiva!”, diz o homem. 

A Transbrasiliana já possui um histórico de abandono antes da privatização, entre os anos 70, 80, 90 e os anos 2.000, o trecho Ourinhos/Marília recebeu o apelido de “corredor da morte”, devido ao grande número de acidentes na rodovia, que tem pista simples.

Após o primeiro período de privatização, a rodovia recebeu melhorias significativas, principalmente na questão do pavimento, que suporta muitas toneladas diariamente. No entanto, ao longo do tempo, a BR-153 parece regredir no tempo e apresentar novamente as características de antes, com péssimo asfalto, que colabora para aumentar o número de acidentes no trecho.

Imagens: Reprodução/Redes Sociais.