quarta, 15 de janeiro de 2025
Publicado em 24 jun 2016 - 08:11:59
O anúncio do ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, sobre a retirada da CPMF da projeção de receitas do governo para 2017 foi comemorada pelas entidades que representam a classe empresarial. De acordo com o governo, será considerado para o próximo ano apenas aquilo que estiver efetivamente aprovado. “Vamos retirar a CPMF porque ainda não é um projeto aprovado”, disse o ministro durante audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO). Pelo Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2017 apresentado em abril pela equipe econômica, a previsão era arrecadar R$ 33,24 bilhões no ano que vem com a recriação do imposto.
Para o vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Ourinhos e diretor titular regional da Fiesp, Robson Martuchi, a decisão traz um fôlego a mais para os brasileiros que estavam preocupados com o anúncio da volta do imposto pelo governo Dilma. No final do ano passado, a Fiesp chegou a lançar uma campanha contra o aumento de impostos em frente ao Congresso Nacional. Intitulada “Não Vou Pagar o Pato”, o ato tenta impedir que o novo ajuste fiscal proposto pelo governo tenha como base a elevação da carga tributária.
Em uma ação bem-humorada, o ato colocou em frente ao Congresso um pato inflável de 12 metros de altura e ainda colocou, no espelho d’água em frente ao Poder Legislativo, 1 mil patinhos infláveis pequenos.
De acordo com o diretor titular regional da Fiesp em Ourinhos, Robson Martuchi, a campanha não se restringe às demandas da indústria e visa conscientizar a população brasileira que a alta carga tributária já está presente no dia a dia dos cidadãos, em cada bem adquirido. “Ninguém mais suporta o impacto dos impostos sobre os produtos, somos favoráveis ao reajuste fiscal, mas ele deve ser feito com controle de despesas internas e desperdícios do próprio governo, a população não pode sofrer as consequências e ´pagar o pato’ pelo descontrole das contas públicas”, disse Martuchi.
Robson diz que as entidades representantes dos empresários estão atuando fortemente junto ao Governo Temer a fim de que a CPMF seja extinta em definitivo da pauta de votações no Congresso Nacional.
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