quinta, 28 de agosto de 2025
Publicado em 27 ago 2025 - 15:53:08
Por Luiz Carlos Motta, Presidente da Fecomerciários, da CNTC e Deputado Federal
Da redação
Nas últimas semanas, a adultização infantil tem gerado debates importantes no Brasil, após a denúncia de um dos maiores influenciadores do Brasil, o Felca. Estamos vendo crianças e adolescentes cada vez mais cedo, sendo expostos a comportamentos, responsabilidades e pressões que pertencem ao mundo dos adultos e não ao universo lúdico e protegido que deveria marcar essa fase da vida.
Essa exposição precoce não é apenas um detalhe cultural ou um modismo das redes sociais. Ela pode trazer sérias consequências: afeta a autoestima, compromete o desenvolvimento emocional e abre caminho para algo ainda mais grave e inaceitável: o trabalho infantil.
TRABALHO INFANTIL – Os dados são preocupantes. No Brasil, mais de 1,6 milhão de crianças e adolescentes entre cinco e 17 anos estão trabalhando, muitas vezes em atividades perigosas, exaustivas e sem nenhuma proteção.
Isso significa que, em vez de estarem na escola ou brincando, estão sendo privadas de aprender, sonhar e se preparar para o futuro. Quando uma criança trabalha antes da hora, além de colocar em risco a própria saúde, ela limita suas oportunidades de qualificação e, consequentemente, sua chance de romper o ciclo de pobreza.
ESTUDAR, BRINCAR E SONHAR! – Temos uma bandeira muito clara na Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo (Fecomerciários) e na Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC): infância é para estudar, brincar e sonhar!
Atuamos lado a lado com Sindicatos e empresas responsáveis para conscientizar, fiscalizar e propor políticas que eliminem o trabalho infantil, ao mesmo tempo em que promovemos a educação, a cultura e o esporte como caminhos para o desenvolvimento.
LUTA DA SOCIEDADE – Essa luta não é somente dos Sindicatos ou do poder público. É de toda a sociedade. Pais, mães, educadores, empresários e autoridades precisam se unir para proteger nossas crianças. E isso exige, antes de tudo, colocar o Brasil e o bem-estar das pessoas acima de qualquer disputa política.
FUTURO – Se quisermos um futuro mais justo e próspero, devemos garantir que nossas crianças e adolescentes tenham o direito de viver plenamente a infância, longe do trabalho, da exploração e perto de oportunidades que lhes deem asas para voar. Proteger a infância é proteger o futuro do Brasil.
Essa é, e continuará sendo, uma das minhas maiores missões como parlamentar e como líder sindical comerciário.
© 1990 - 2023 Jornal Negocião - Seu melhor conteúdo. Todos os direitos reservados.