O horário de verão foi criado com o objetivo de reduzir o consumo de energia durante o período noturno, mas a diferença entre os picos de consumo diurno e noturno diminuiu nos últimos anos

Marcília Estefani

O Governo Federal confirmou na sexta-feira, 3 de outubro, que a exemplo dos últimos anos, o horário de verão não será adotado em 2025. A decisão segue a orientação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que avalia não haver necessidade de mudança nos relógios devido ao atual cenário de consumo e geração de energia elétrica no país.

O esclarecimento foi divulgado no site oficial do governo federal, desmentindo rumores sobre uma possível retomada da medida que foi suspensa há seis anos.

A prática consistia em adiantar os relógios em uma hora durante determinado período do ano, porém de acordo com estudos do ONS e do Ministério de Minas e Energia, a diferença entre os picos de consumo diurno e noturno diminuiu nos últimos anos, especialmente com o uso crescente de equipamentos de ar-condicionado e iluminação mais eficiente.

O pico de demanda de energia, que antes ocorria no período noturno, passou a se concentrar por volta das 15h.

O último horário de verão aplicado no Brasil foi entre 2018 e 2019, quando os relógios foram adiantados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Desde então, o país mantém o horário padrão durante todo o ano.

O Ministério de Minas e Energia ressalta que continuará avaliando periodicamente a viabilidade do horário de verão. As análises são conduzidas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), responsável por acompanhar as condições de fornecimento de energia no Brasil.