domingo, 12 de outubro de 2025
Publicado em 11 out 2025 - 15:53:20
SAMU de Marília explica como reconhecer sintomas e agir rápido
Assessoria de Comunicação
O acidente vascular cerebral (AVC) é a segunda principal causa de morte no Brasil e representa um grave problema de saúde pública. Apenas entre janeiro e junho de 2025, foram registradas 42.884 mortes por AVC no país, segundo dados do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil.
Estima-se que, a cada sete minutos, uma pessoa perde a vida em decorrência da doença.
No cenário mundial, cerca de 7,3 milhões de pessoas morreram de AVC entre 1990 e 2021. Uma projeção da Global Stroke Action Coalition alerta que, sem medidas efetivas de prevenção e atendimento, o número de mortes pode chegar a quase 10 milhões por ano até 2050.
O Dia Mundial do AVC, em 29 de outubro, reforça a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do reconhecimento ágil dos sintomas para evitar sequelas ou até mesmo a morte.
DOIS TIPOS – Existem dois tipos de AVC. O isquêmico ocorre quando um vaso sanguíneo é obstruído, impedindo que o oxigênio chegue ao cérebro. É o tipo mais comum e se subdivide em trombótico, quando o coágulo se forma no próprio cérebro, e embólico, quando o coágulo se origina em outra parte do corpo e migra para o cérebro.
O hemorrágico é provocado pelo rompimento de um vaso sanguíneo, causando sangramento dentro do cérebro.
Os sinais de alerta mais comuns incluem fraqueza ou formigamento em um dos lados do corpo, confusão mental, dificuldade para falar ou compreender palavras, alterações na visão, perda de equilíbrio, dor de cabeça súbita e intensa, sonolência excessiva ou perda de consciência.
Para ajudar a população a identificar rapidamente esses sinais, o médico regulador do SAMU de Marília, gerenciado pelo Grupo Chavantes, Dr. João Paulo Bermudes, orienta a aplicação do método SAMU.
“A letra S significa Sorriso. Peça para a pessoa sorrir e verifique se algum lado do rosto está torto ou caído; a letra A significa Abraço; peça para levantar os dois braços e perceba se algum não consegue ser levantado ou cai; a letra M significa Música ou Fala; peça para falar algo simples e note se a fala está arrastada, confusa ou difícil de entender; e a letra U significa Urgência. Se algum desses sinais estiver presente, ligue imediatamente para o 192 ou leve a pessoa a um hospital.”
TEMPO DE SOCORRO – O tempo é determinante no atendimento de um paciente com suspeita de AVC. Estima-se que cerca de 70% das pessoas que sofreram um AVC não conseguem retornar ao trabalho devido às sequelas e necessitam de ajuda para atividades diárias, sendo uma das principais causas de incapacidade no mundo.
“Quanto mais rápido o acionamento do SAMU pelo telefone 192, maiores as chances de reduzir sequelas e garantir um tratamento eficaz. Nossa equipe é treinada para identificar o quadro, prestar atendimento pré-hospitalar e seguir protocolos que priorizam a estabilização e o transporte ágil para unidades de referência”, explica Dr. Bermudes.
PROTOCOLO DO SAMU – O atendimento começa com a ligação do usuário, recebida por um telefonista treinado para coletar informações como nome, endereço e ponto de referência. A ligação é repassada ao médico regulador, que avalia os sinais clínicos ainda no contato telefônico e orienta a pessoa sobre como agir.
A central coordena o envio imediato da unidade móvel, aplica escalas específicas para detectar o quadro, inicia o atendimento de emergência no local e encaminha o paciente para hospitais preparados para realizar o tratamento, como a trombólise em casos de AVC isquêmico.
“Sempre orientamos que a vítima seja mantida em segurança, deitada de lado para evitar engasgos. Não ofereça medicamentos, comida ou água, fique ao lado dela, mantenha a calma e siga as instruções do médico regulador”, acrescenta Dr. Bermudes.
O SAMU de Marília reforça que o atendimento rápido faz diferença. “Diante de qualquer suspeita, a população não deve hesitar em ligar para o 192”, conclui o médico.
SOBRE O GRUPO CHAVANTES – A OSS (Organização Social de Saúde) Grupo Chavantes gerencia mais de 30 projetos espalhados em seis estados brasileiros, o que a posiciona como a oitava maior entidade do setor no país, com uma gestão anual de aproximadamente R$ 720 milhões.
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