quarta, 26 de novembro de 2025

ILEGALIDADE?: Ministério Público recomenda exoneração de cargos comissionados na UMMES

Publicado em 26 nov 2025 - 15:51:14

           

Segundo o MP, os cargos em questão possuem atribuições técnicas, administrativas e operacionais, o que exige ingresso por concurso público, conforme estabelece a Constituição Federal

 

Fonte: Jornal Página D – Santa Cruz do Rio Pardo

 

 

A Promotoria de Justiça de Santa Cruz do Rio Pardo expediu uma recomendação formal para que a União dos Municípios da Média Sorocabana (UMMES), que é presidida pelo prefeito de Ourinhos, Guilherme Gonçalves, exonere servidores que ocupam oito cargos comissionados apontados como inconstitucionais.

O documento, assinado em 14 de novembro, determina ainda que o consórcio extinga definitivamente essas funções e realize concurso público para suprir as áreas afetadas.

 

Segundo o Ministério Público, os cargos em questão possuem atribuições técnicas, administrativas e operacionais, o que exige ingresso por concurso público, conforme estabelece a Constituição Federal.

Entre os cargos considerados irregulares estão: Diretor de Compras, Diretor de Projetos, Diretor de Licitações, Diretor de Recursos Humanos, Encarregado de Máquinas, Encarregado de Frotas, Assessor e Consultor Jurídico e Assessor de Imprensa.

 

Para o MP, essas funções não se enquadram no conceito de cargos de direção, chefia ou assessoramento, que justificaria nomeações por indicação.

Na prática, os comissionados exercem atividades permanentes e de natureza técnica, o que descaracteriza a excepcionalidade prevista em lei.

 

Prefeitos de cidades da região e outras autoridades com Guilherme Gonçalves, presidente da UMMES, ao centro

 

O Ministério Público deu prazo de 60 dias para que a UMMES publique o edital de concurso público e mais 180 dias para concluir as contratações dos novos servidores.

Além disso, o órgão recomenda que o regimento interno seja atualizado, retirando definitivamente as funções comissionadas consideradas ilegais e substituindo-as por cargos efetivos vinculados ao regime celetista.

 

A recomendação também orienta que o consórcio se abstenha, a partir de agora, de nomear novos comissionados para essas funções.

 

Caso a recomendação não seja atendida, o Ministério Público adiantou que poderá adotar medidas judiciais.

Entre elas, está a abertura de ação civil pública por ato de improbidade administrativa, o que pode resultar em responsabilizações aos gestores.

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