quinta, 26 de dezembro de 2024
Publicado em 07 abr 2017 - 06:56:14
Alexandre Mansinho
A queda de braço entre governo do prefeito Lucas Pocay e o funcionalismo público municipal ganhou mais um episódio pouco comum na história de Ourinhos. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo agendou para o próximo dia 11 (terça-feira), uma reunião de conciliação para resolver o impasse da negociação salarial.
A audiência de conciliação entre o SINSERPO – Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Autárquicos de Ourinhos e Região e o Poder Executivo foi proposta após ação de dissídio coletivo no Sindicato.
O Sindicato considera uma vitória a intervenção do Tribunal e acredita que a pauta de reinvindicações poderá ser atendida: “na ação de dissídio coletivo, o sindicato pede que a justiça reconheça a má-fé do Executivo, que levou a Câmara a analisar proposta inferior à que já tinha sido apresentada em mesa de negociação. Outro pedido é o de que o Executivo apresente todos os impactos financeiros caso seja atendida a pauta do sindicato, promessa feita ainda no início das negociações e até hoje não cumprida”, informou por meio de nota.
A greve foi suspensa até dia 11. Após a reunião de conciliação está marcada uma assembleia na qual os funcionários públicos municipais irão ouvir o resultado da reunião e decidir se retomam a paralização ou se aceitam o resultado da conciliação e voltam ao trabalho.
Outro lado – O prefeito municipal Lucas Pocay mantém o mesmo discurso que vem proferindo desde o início das rodadas de negociações. Não há dinheiro para dar o aumento salarial desejado pelos servidores: “estamos sendo sensatos nesse momento de crise que atravessa a Prefeitura e o Governo Federal, que também acaba refletindo em nosso município. Demos um abono de R$ 500,00 aos servidores ativos e inativos mais a garantia da inflação do período pelos próximos três anos de nosso mandato” informou também em nota divulgada na imprensa local. A prefeitura também reforça a atual crise no IPMO: “desmandos nos últimos 12 anos provocaram um rombo na previdência municipal – se a prefeitura não realizar um aporte (complemento) mensal na casa dos milhões, os funcionários aposentados não recebem seus salários”.
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