terça, 10 de junho de 2025
Publicado em 07 jun 2025 - 11:37:58
Em meio ao avanço do modelo híbrido e à busca por bem-estar no trabalho, especialista explica como o ambiente dos escritórios se tornou peça-chave para atrair talentos, aumentar a produtividade e fortalecer a cultura das empresas
Da redação
Com a transformação da relação entre pessoas e trabalho nos últimos anos, os escritórios deixaram de ser apenas locais de operação e passaram a ocupar um papel estratégico na vida corporativa. Hoje, o ambiente físico é também um canal de comunicação da marca, um fator de engajamento e, sobretudo, um elemento fundamental para a qualidade de vida dos colaboradores.
Nesse cenário, empresas que investem em espaços bem planejados conseguem colher ganhos concretos: maior produtividade, menor rotatividade, mais inovação e um clima organizacional saudável. “As pessoas passaram a ser mais criteriosas sobre onde e como querem trabalhar. Por isso, um bom escritório precisa ir além da estética — ele precisa funcionar bem, acolher e inspirar”, afirma Nikolas Matarangas, CEO de empresa especializada em projetos corporativos sob medida.
Ele ainda afirma, “Antes de qualquer tomada de decisão, é fundamental entender a fundo o momento da empresa, seu ritmo de crescimento, os fluxos de trabalho e, principalmente, os objetivos daquele espaço. Um bom projeto começa com uma escuta ativa”.
A seguir, Matarangas lista os principais fatores que contribuem para que o espaço físico tenha um papel positivo no bem-estar e na performance dos colaboradores:
ENTENDIMENTO PROFUNDO DAS DEMANDAS E OBJETIVOS DO ESCRITÓRIO – Cada empresa tem uma realidade única — e o espaço precisa refletir isso. “É essencial mapear as atividades que serão realizadas, quem usará o escritório, quais áreas precisam estar conectadas e quais são os objetivos principais: foco individual, reuniões híbridas, trocas informais, atendimento a clientes, entre outros”, explica o CEO. Essa clareza inicial define não só o layout, mas o propósito do espaço como um todo.
PLANEJAMENTO BASEADO NO MOMENTO E CRESCIMENTO DA EMPRESA – A escolha do local e a distribuição do ambiente devem considerar não apenas as necessidades atuais, mas também o crescimento projetado da operação. “Projetar pensando na escalabilidade evita reformas e investimentos desnecessários no futuro. É um planejamento que economiza tempo, dinheiro e desgaste”, pontua Matarangas.
FLEXIBILIDADE PARA DIFERENTES USOS E ROTINAS – Com modelos híbridos ganhando força, o espaço físico precisa acomodar diferentes perfis e dinâmicas. “Ter ambientes versáteis — que possam ser usados para concentração, interação, reuniões ou momentos informais — dá mais autonomia aos colaboradores e torna o dia a dia mais fluido”, afirma.
ESPAÇO COMO EXTENSÃO DA CULTURA DA EMPRESA – Mais do que funcionalidade, o escritório também deve refletir os valores e o posicionamento da empresa. “Quando o colaborador entra no espaço e reconhece ali a cultura da companhia, ele se sente pertencente. Isso impacta diretamente no engajamento e na motivação das equipes”, destaca o CEO.
EXEMPLOS QUE INSPIRAM – Escritórios como os da Alice e do Nubank são exemplos de espaços pensados estrategicamente — não apenas bonitos, mas funcionais, adaptáveis e alinhados à cultura da empresa. “Esses projetos mostram como o ambiente pode ser um aliado da experiência do colaborador, criando conexões genuínas com a marca e impulsionando a qualidade de vida no trabalho”, finaliza Matarangas.
© 1990 - 2023 Jornal Negocião - Seu melhor conteúdo. Todos os direitos reservados.