sexta, 17 de outubro de 2025
Publicado em 16 out 2025 - 09:32:25
Mamografia, ultrassonografia e ressonância permitem a identificação de lesões pequenas, muitas vezes imperceptíveis ao toque
Da redação
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo – excluindo os tumores de pele não melanoma. Apesar de sua alta incidência, com estimativa de 770 novos casos/ano em Curitiba, conforme o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o diagnóstico precoce é uma das principais armas para aumentar as chances de cura e reduzir a mortalidade.
A oncologista Alessandra Comparotto de Menezes, de Curitiba, destaca que os exames de imagem – mamografia, ultrassonografia e ressonância – são fundamentais na jornada de rastreamento. “São exames que detectam alterações mamárias antes mesmo que se tornem palpáveis”, afirma. “O autoexame é uma prática de autoconhecimento, mas não substitui a mamografia nem outros métodos de rastreamento”, complementa.
Quando o câncer de mama é identificado precocemente, as chances de tratamento bem-sucedido ultrapassam 90%. “Nesse momento, o tumor ainda está localizado e pode ser tratado com intervenções menos agressivas, preservando a mama e a qualidade de vida da paciente”.
Já o diagnóstico tardio está associado a tratamentos mais longos e complexos, com maiores chances de metástase e menor sobrevida. Além disso, a oncologista observa que conhecer o que pode aumentar a probabilidade de ter câncer de mama ajuda as mulheres e os profissionais de saúde a adotarem medidas de prevenção e vigilância mais eficazes.
“Nem todo fator de risco pode ser controlado — alguns são genéticos ou hormonais —, mas muitos estão relacionados ao estilo de vida, e pequenas mudanças podem reduzir consideravelmente o risco”, salienta Alessandra.
Entre os hábitos que podem ser modificados estão: sedentarismo, sobrepeso e obesidade, principalmente após a menopausa; consumo excessivo de álcool – quanto maior a ingestão, maior o risco -; tabagismo e uso prolongado de reposição hormonal sem acompanhamento médico.
Porém, mesmo quem tem fatores de risco pode agir mantendo hábitos saudáveis e realizando os exames de rotina, como a mamografia.
Da lista de condicionantes que não podem ser mudadas estão:
– A idade, pois o câncer de mama é mais frequente após os 50 anos;
– Ter mãe, irmã ou filha com câncer de mama, especialmente antes dos 50 anos; – Histórico pessoal de câncer de mama ou de lesões pré-malignas;
– Mutações em genes como BRCA1 e BRCA2, que aumentam muito a probabilidade de desenvolver a doença;
– Menstruação precoce (antes dos 12 anos) e menopausa tardia (após os 55), porque significam mais tempo de exposição aos hormônios femininos, o que pode favorecer o surgimento de tumores hormoniossensíveis.
PRINCIPAIS EXAMES DE IMAGEM:
– Mamografia: é o principal exame de rastreamento, indicado de forma geral para mulheres acima dos 40 anos. Entretanto, mulheres com histórico familiar de câncer de mama ou fatores de risco genético podem necessitar de acompanhamento mais precoce e individualizado.
– Ultrassonografia mamária: indicada como complemento à mamografia, especialmente em mamas densas (mais comuns em mulheres jovens) ou quando há nódulos palpáveis.
– Ressonância magnética das mamas: utilizada em casos específicos, como em pacientes de alto risco ou quando os outros exames não são conclusivos.
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