sábado, 08 de novembro de 2025
Publicado em 08 nov 2025 - 15:58:05
Diretor de escola explica o que está por trás da resistência escolar e como os pais podem ajudar no processo de adaptação
Da redação
O momento de ir à escola é, para muitas famílias, um desafio repleto de emoções e inseguranças. Quando a criança chora, se recusa a sair de casa ou demonstra desânimo constante, pais e responsáveis se veem diante de um dilema: como lidar com a resistência escolar de forma acolhedora e eficaz?
Pensando nisso, José Júnior, diretor de escola, referência em apoio escolar e desenvolvimento infantil, explica as principais causas desse comportamento e apresenta estratégias práticas para reverter o quadro.
A recusa em frequentar a escola pode ter diversas causas, desde fatores emocionais, como medo e ansiedade de separação, até dificuldades de socialização ou aprendizado. “É importante compreender que o ‘não querer ir’, geralmente, é uma forma de expressão. A criança está comunicando que algo a está incomodando e o primeiro passo é escutar com empatia e observar os sinais”, orienta José Junior.

Durante a infância, é natural que a adaptação escolar envolva momentos de resistência. No entanto, quando esse comportamento se repete com frequência, é necessário investigar as possíveis causas, que podem ser:
ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO: comum nas fases iniciais da escolarização, especialmente quando há mudanças de rotina ou ambiente.
DIFICULDADES DE APRENDIZADO: O medo de errar ou de não acompanhar o ritmo da turma pode gerar insegurança.
PROBLEMAS DE SOCIALIZAÇÃO: conflitos entre colegas, bullying ou sensação de exclusão comprometem o vínculo afetivo com o ambiente escolar.
FALTA DE MOTIVAÇÃO: aulas pouco atrativas ou excesso de exigência podem reduzir o entusiasmo.
QUESTÕES EMOCIONAIS FAMILIARES: alterações na rotina da casa, chegada de um irmão, mudanças de cidade ou separações também influenciam o comportamento escolar.
Para José Junior, o papel da família é fundamental no processo de reaproximação com a escola. Neste caso, o ideal é construir um ambiente de confiança e estímulo, evitando cobranças excessivas.
O diretor elenca algumas recomendações:
ESCUTE E ACOLHA: converse com a criança sobre o que ela sente, sem minimizar ou invalidar suas emoções.
VALORIZE CONQUISTAS: reconheça pequenos progressos, como participar de uma atividade ou interagir com os colegas.
MANTENHA UMA ROTINA ESTÁVEL: horários previsíveis ajudam a transmitir segurança.
ENVOLVA A ESCOLA: dialogue com os professores e com a coordenação para alinhar estratégias conjuntas.
TORNE O APRENDIZADO DIVERTIDO: use jogos, histórias e atividades lúdicas que despertem a curiosidade e o prazer de aprender.
Ou seja, o acompanhamento próximo dos pais e o apoio pedagógico adequado fazem toda a diferença. “Quando os responsáveis demonstram interesse pela rotina escolar, a criança entende que aprender é um processo positivo. O segredo está no equilíbrio entre afeto, rotina e incentivo”, finaliza José Junior.
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