sábado, 05 de julho de 2025
Publicado em 03 mar 2018 - 08:16:58
Marcília Estefani
Março é o mês do dia internacional das mulheres. Época que de forma mais eloquente falamos das nossas lutas, das nossas conquistas e de tudo que ainda nos falta. É quando nossos gritos por igualdade, por liberdade e pelo fim da violência encontram mais atenção. É talvez o período que mais nos reconhecemos umas nas outras e mais percebemos a importância de cada mulher na transformação da sociedade.
A sociedade contemporânea confere às mulheres um novo papel no Brasil e no mundo. As últimas décadas foram marcadas por profundas transformações que impactaram nossas vidas.
Há 81 anos registrou-se a conquista do direito do voto feminino. A revolução sexual a partir dos anos 60 permitiu às mulheres uma progressiva e forte inserção no mercado de trabalho.
Porém, há uma longa caminhada a percorrer. As mulheres brasileiras, embora sejam mais da metade da população, ocupam apenas 9% das cadeiras na Câmara dos Deputados. A luta pelos direitos da mulher é permanente.
Em todo o mundo, há mulheres que sofrem de discriminação de género, são mal tratadas e vítimas de ataques. Todos os dias, nas notícias, vemos casos de mulheres que são atacadas, agredidas ou mortas. A população masculina usa o seu poder físico e cultural para justificar o seu mau comportamento contra as mulheres.
A mulher batalhou por muito tempo, silenciosa, pela estruturação da sociedade civilizada. Antes era mãe, dona do lar. Agora também é mulher independente, dona de si e de seu destino. Chegou a hora de dividir o protagonismo nesta mesma sociedade que ela ergueu.
O Dia Internacional da Mulher é uma data para avaliações e reflexões. Trata-se de um momento importante não somente para se fazer homenagens, mas também para discutir a condição feminina, de maneira aberta e propositiva, no Brasil e no mundo.
Não podemos nos esquecer que ainda precisam ser superados problemas como a violência doméstica, a desigualdade de salários e o preconceito.
A mulher precisa que em cada nicho da vida econômica, social e cultural, a participação dela ultrapasse o fator numérico, passando valer a qualidade da visão específica da vida e das relações humanas.
O jeito feminino de fazer as coisas – com tudo que isso representa em termos sócio-culturais – deve ser a tônica a prevalecer que resulte no fortalecimento dos laços sociais, criando um sentimento geral de que podem ser não só consumidoras como também, e acima de tudo, cidadãs.
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