O homem estava tão abalado que precisou ser convencido por um policial a sair do veículo

Da redação

Na manhã desta quarta-feira, 12/11, um motorista ficou cerca de quatro horas amarrado dentro da cabine de uma carreta atravessada na pista do Rodoanel Mario Covas, na altura do km 45, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, bloqueando o trânsito por cerca de cinco horas. O homem acreditava que na cabine havia uma bomba, mas o artefato não tinha material explosivo.

O caminhoneiro, que estava sentado e amarrado desde as 5h30, desmaiou no momento em que saiu do caminhão, às 9h21. Após o desmaio, ele recebeu os primeiros socorros e foi colocado em uma maca por agentes da PM e por socorristas da concessionária SPMar, que administra esse trecho do Rodoanel.

A princípio o homem disse que tinha sido alvo de um assalto, mas a carreta travou e os três criminosos o teriam obrigado a deixá-la parada no meio da pista.

ENTENDA O CASO – O Centro de Controle Operacional da concessionária SPMar informou que recebeu às 5h25 o chamado de um usuário, que tinha saído do Acre em direção a São Bernardo do Campo, contando que tinha sido vítima de roubo e sequestro.

Segundo a Artesp, o motorista relatou que os criminosos teriam colocado explosivos na cabine da carreta e o instruído a não sair do veículo e a deixá-lo atravessado no meio da pista.

O vidro do para-brisa do veículo estava quebrado e teria sido atingido por uma pedra jogada pelos criminosos.

O motorista ficou, então, imóvel, de braços cruzados, dentro da cabine da carreta, por mais de quatro horas, até a chegada do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), que é o esquadrão antibomba da Polícia Militar.

Por volta das 9h15, um policial do Gate, vestindo uma roupa especial antibomba, se aproximou do motorista, que aparentava estar muito abalado e tinha um fio vermelho amarrado ao corpo que estaria conectado aos artefatos.

Após conversar com o policial, o motorista desceu da cabine do caminhão e caiu no asfalto desmaiado. Ele foi, então, carregado desacordado por policiais e levado em uma maca da concessionária. Um cão da polícia foi usado para farejar os artefatos – e depois um policial também entrou na cabine.

Como a presença de explosivos foi descartada, o caminhão foi removido para uma pista lateral, e o tráfego de carros acabou sendo liberado em seguida.

A polícia tenta entender se o homem foi vítima somente de um sequestro, ou se houve crime de roubo de carga, pois o caminhão estava sem carga no momento em que a polícia chegou ao local.