quinta, 03 de outubro de 2024
Publicado em 25 jan 2020 - 14:58:49
Pagamento de boleto fraudado faz dinheiro cair na conta do criminoso; reclamações cresceram 42% em um ano
Da redação
O pagamento de contas em boletos é uma das opções mais utilizadas no Brasil, depois do cartão de crédito. Esta escolha ocorre, na maior parte das vezes, por acharmos que esta é a maneira mais confiável e segura. No entanto, nos últimos meses, a opção de pagamento vem despertando a atenção de fraudadores.
Em 2019 o número de boletos falsos aumentou 55% em relação ao ano anterior. De janeiro a setembro de 2019 foram 4.417 queixas do tipo no site Reclame Aqui, um aumento de 42% em relação ao mesmo período do ano passado — nessa época do ano, o volume de reclamações acumulado era de 3.106.
Estes golpes ocorrem de diversas maneiras, podendo ser ataques virtuais que modificam o código de barras original, ou até mesmo envio de e-mails de cobrança semelhantes aos dos prestadores de serviços. Esta prática faz com que o pagamento vá para a conta bancária do golpista.
A Associação Comercial e Empresarial de Ourinhos (ACE) dá dicas para que o consumidor não seja enganado na hora do pagamento.
Boletos falsos trazem algumas características que podem ser facilmente checadas pelo usuário. Veja se os dígitos finais representam o valor do boleto: se são diferentes, é possível que seja golpe. Caso seja uma cobrança recorrente, como a fatura da TV a cabo ou da escola dos filhos que costume vir com valor fixo, suspeite se houver alguma variação inesperada. Confirme também seus dados pessoais, como CPF, e busque por erros de português e de formatação.
Verifique ainda se os primeiros dígitos do código de pagamento coincidem com o código do banco que aparece como sendo o emissor do boleto. Os números bancários podem ser checados no site da Febraban (https://www.febraban.org.br/associados/utilitarios/bancos.asp).
Se o boleto é emitido por uma loja, pesquise a reputação da empresa no Reclame Aqui para se certificar de que ela de fato existe. Aproveite para buscar o CNPJ no boleto e cheque se ele é real por meio de uma consulta no aplicativo da Receita para smartphone.
Em qualquer boleto, prefira sempre ler o código de barras pela câmera do celular ou no caixa eletrônico. Em geral, boletos com linha digitável adulterada não trazem código de barras compatível e precisam forçar a vítima a digitar a sequência manualmente para completar o golpe. Um documento com barras ilegíveis, portanto, têm maiores chances de ser fraudulento.
Sempre que possível, é importante baixar boletos diretamente no site do banco ou da empresa que está fazendo a cobrança. Duvide sempre de boletos que chegam por e-mail, especialmente quando a mensagem traz um assunto como “Urgente” ou “Seu nome está no Serasa”. O mesmo vale para faturas que chegam via WhatsApp.
“Fraudes envolvendo formas de pagamento prejudicam os consumidores e o comércio, por isso é importante estar atento. Qualquer dúvida, entre em contato com a loja ou sua instituição financeira”, disse o novo presidente da ACE Ourinhos, Robson Martuchi.
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