quinta, 28 de agosto de 2025
Publicado em 26 fev 2018 - 04:43:21
Alexandre Mansinho
Na manhã do dia 26 de fevereiro, o delegado Dr. João Ildes Beffa, titular da DIG – Delegacia de Investigações Gerais de Ourinhos, anunciou à imprensa os detalhes acerca da prisão de Carlos Henrique Pereira. Segundo a Polícia Civil, Trek Trek teria atirado em Maria Luíza Padre Fajoli, 15 anos, no dia 1º de fevereiro em sua casa, no Parque Minas Gerais. Após o cometimento do crime, Carlos, com auxílio do seu irmão, colocou o corpo da moça em um carro e ocultou-o em um canavial.
Carlos tomou várias medidas para dificultar as investigações: desfez-se de diversos móveis, descaracterizando a cena do crime; vendeu o carro que lhe pertencia e que fora usado para o transporte do cadáver, devolveu o revólver para um “amigo” misterioso que seria o proprietário da arma e mudou várias vezes o depoimento para a polícia.
A VERSÃO DE CARLOS HENRIQUE – Depois de dizer que a menina havia tirado a própria vida de forma repentina e, em seguida mudar sua versão, dizendo que a vítima havia dado um tiro em si mesmo acidentalmente, Carlos mudou a versão diante da contundência do laudo necroscópico: a nova versão é que ele foi tirar o revolver da mão dela e foi desmuniciá-lo, quando uma bala que havia ficado “no cano” acabou sendo disparada de forma acidental atingindo a cabeça de Maria Luíza. “Segundo o acusado, ela encontrou o revólver que estava escondido na casa, que era frequentada por traficantes e usuários de drogas (…) ela estaria “brincando” com o revólver quando Carlos agiu para tirar a arma de sua mão”, diz o Dr. Beffa. A arma era de um amigo de Carlos, mas ele se recusou a dar maiores detalhes. Para a polícia essa versão é possível, visto que os testemunhos dos amigos e parentes próximos dão conta que a relação dos dois não era conturbada.
RELEMBRE O CASO – A moça havia sido vista pela última vez no dia 1º de fevereiro de 2018. A menina morava com a tia, Rosângela Fajoli, e com a avó. Segundo a própria tia da garota, Maria Luíza tinha o hábito de passar noites fora de casa e tinha envolvimento com usuários de drogas.
A princípio, no dia 2 de fevereiro, a primeira suspeita da família foi de desaparecimento – a Polícia Civil foi acionada e iniciou a investigação. Paralelamente, família e amigos começaram uma campanha pelas redes sociais buscando descobrir o paradeiro da menina.
Cruzando diversas informações, a equipe da DIG passou, já no dia 7 de fevereiro, a procurar um corpo. Na sexta-feira, dia 9 de fevereiro, início do feriado de carnaval, por volta das 16h, os investigadores da DIG encontraram o corpo de Maria Luiza.
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