O menor confessou ter comprado o veículo sem placa e com o chassi raspado

Da redação

Um adolescente de 16 anos foi detido pela Guarda Civil Municipal na noite do domingo, 27 de julho, após sair de uma igreja na Rua Maranhão, suspeito de adulteração de sinal identificador de veículo automotor.

A GCM foi acionada por um morador do bairro, que estranhou a presença de uma moto suspeita parada em frente a Igreja Deus é Amor. No local, os agentes visualizaram a moto, uma Honda 150 azul e constataram que a placa da moto era falsa, feita em PVC.

Em consulta da numeração da placa nos sistemas descobriram que não correspondia ao modelo da moto. Em revista minuciosa constataram que o chassi estava raspado, mostrando apenas os quatro últimos números.

Ainda através de consultas no banco de dados da polícia, através da numeração do motor, identificaram a numeração original, pertencente a uma moto supostamente adquirida de leilão.

Enquanto aguardavam a remoção do veículo, passou por eles um adolescente de capacete em mãos que, questionado, admitiu ser o dono do veículo. Ele contou que comprou o veículo por R$ 3.600 em duas vezes, de um homem identificado por R. S. P., que seria patrão de seu pai.

Disse ainda que a moto já foi adquirida sem placa e com o chassi raspado, e que ele próprio teria comprado uma placa falsa por um site do Mercado Livre, e que usava a moto apenas em áreas rurais e algumas vezes para ir à igreja.

O adolescente afirmou que teria deixado a moto ali para participar do culto, e após levar a namorada para casa, a pé, voltou para pegar a moto, momento em que foi abordado pelos GCM’s.

Ele foi encaminhado, junto com o veículo à delegacia, acompanhado de sua mãe, onde em depoimento confirmou as informações já passadas e reconheceu a foto do vendedor da moto, indicando onde o mesmo poderia ser encontrado – em um sítio próximo da estrada do Ferro Velho Cruzeiro, perto da Fazenda Bom Jesus.

A moto e a placa foram encaminhadas ao pátio do Grupo Carvalho e devem passar por perícia oficial. Após ser ouvido o adolescente foi liberado na companhia de sua responsável legal, pelo delegado de plantão, tendo em vista a confissão do menor e por não se tratar de crime violento ou flagrante, mas com o compromisso de apresentação ao Ministério Público.

A polícia segue investigando o caso, apurando a conduta do homem apontado como possível vendedor do veículo irregular. Ele pode responder por crime relacionado à receptação ou adulteração de veículo automotor.