quarta, 30 de abril de 2025
Publicado em 09 nov 2015 - 06:43:39
Ivone Maria de Lima Jaime
Quando algumas pessoas ouvem essa frase, logo pensam no comportamento da criança. Acham que é assim que devem agir.
Não toleram nenhuma frustração, o seu desejo deve preceder o desejo de qualquer outra pessoa. Fazem chantagem pra conseguir o que querem. Não querem pensar nas consequências de seus atos como se seu lobo cerebral frontal ainda estivesse se desenvolvendo. Quando são confrontadas com seus erros preferem imputá-los a outros. Temem assumir alguma responsabilidade dizendo-se assoberbadas e pedem ajuda para realizar o que lhes cumpre fazer.
Não respeitam o outro, preocupam-se apenas com seu próprio umbigo. Seus problemas, claro, são maiores que o dos outros e suas dores também. Todos devem dar atenção a elas e suas falas são sempre carregadas de grande importância.
Esse tipo de adulto infantilizado está em todo lugar. Podemos encontrá-los, infelizmente, a toda hora.
Mas ainda assim é preciso encontrar a criança que deve existir dentro de cada um. Não no comportamento ou na maneira de se vestir, e sim, no modo de sentir a vida.
É preciso viver o presente como só uma criança consegue fazer. Para ela o passado não tem muito significado, assim como o futuro. É no presente que ela vive intensamente.
Quando observamos uma criança concentrada em alguma atividade notamos que ela está de corpo e alma naquilo que está fazendo. Ela consegue distrair-se, consegue divertir-se, empenhar-se. Consegue ainda sofrer todas as dores que está sentindo, sem se preocupar onde está e com quem. Ela não tem preconceitos. Isso é coisa de adultos. Ela olha sem julgamento. Ela se admira com cada beleza que vê. Ela se entrega com entusiasmo a cada novo projeto. Ela tem senso de justiça. Interessa-se pelo aprender a cada dia.
Portanto, seja como uma criança no que ela tem de ensinamentos para nos dar. Não precisamos de mais crianças birrentas do que as que temos.
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