O caso, que vem sem prorrogado pela justiça desde 2017, ganhou novo capítulo essa semana

Fernando Lima

Após sete anos, uma decisão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) manteve a multa aplicada à concessionária Triunfo Transbrasiliana, que administra um trecho paulista da BR-153, no valor total de R$ 2.326.500,00 por má conservação da via pedagiada.

A denúncia contra a concessionária que ocorreu em 2017 após uma fiscalização, virou processo administrativo em 2018 e até então vem enfrentando disputas judiciais. A concessionária já recorreu em duas instâncias, mas perdeu. 

O jornal EN DIA, publicou no mês de novembro deste ano, uma matéria sobre a situação precária da BR-153, principalmente no trecho que compreende Ourinhos-Marília, amplamente utilizado pelos nossos munícipes. Nós ouvimos pessoas que utilizam diariamente a rodovia e relataram os graves problemas com a conservação do asfalto e o risco diário de acidentes, o que levou o trecho a ficar conhecido como “estrada da morte”.

Entramos em contato com a concessionária Triunfo Transbrasiliana, que enviou a seguinte nota: 

“A Triunfo Transbrasiliana informa que a Deliberação nº 484, de 28 de novembro de 2024, é uma decisão administrativa proferida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT passível de interposição de recurso pela Concessionária. Ademais, é oportuno destacar que, embora a Triunfo Transbrasiliana empregue esforços contínuos para implementar as melhorias planejadas no pavimento, há outros fatores externos, dentre eles a sobrecarga dos veículos que trafegam na Rodovia BR-153/SP e a falta de fiscalização adequada de balanças, que contribuem significativamente para o desgaste acelerado do pavimento.”

Ao longo do tempo, a BR-153 sempre foi um problema para a nossa região, sendo uma importantíssima ligação entre os estados do Sul com as demais regiões do Brasil, a rodovia é amplamente utilizada para o escoamento de cargas, com grande movimento de caminhões e também de carros, que utilizam esse corredor.

Os problemas com o asfalto já vinham se prolongando anos antes da privatização, no entanto, mesmo depois de acontecer, parece que a cobrança do pedágio não foi suficiente para acabar com os problemas da rodovia, que continua oferecendo um péssimo pavimento e alto risco de acidentes.

Imagens: Reprodução.