quinta, 16 de janeiro de 2025

Candidatos fizeram perguntas entre si

Publicado em 30 set 2016 - 03:54:25

           

Rose Pimentel Mader

No primeiro bloco os candidatos fizeram perguntas entre si sobre os temas Saúde, Educação, Segurança e Infraestrutura. O primeiro candidato a se pronunciar foi Lucas Pocay que fez pergunta para o candidato Toshio Misato sobre a questão do asfalto na cidade, implantado nos últimos 12 anos pelo seu grupo político. Toshio disse que o asfalto hoje está fora do controle e muito ruim e que no seu tempo de prefeito priorizou a construção de infraestrutura nos bairros que não tinham asfalto como, por exemplo, no bairro Orlando Quagliato onde as crianças precisavam sair de casa e ir para a escola com saquinhos de plástico nos pés para não sujar os sapatos. Afirmou que implantou em vários bairros galeria de água e esgoto e que praticamente zerou a questão do asfalto em toda a cidade com a pavimentação e um grande programa de recape asfáltico. Disse que além do asfalto construiu muitas praças esportivas para o encontro das pessoas, fez a revitalização do centro da cidade, reforma da Praça Mello Peixoto e que trocou toda a iluminação pública da cidade, benefício que deseja ampliar e melhorar na sua gestão, para atender também as entradas da cidade como Raposo Tavares e Mello Peixoto e realizar um grande projeto de paisagismo.

Na réplica, Lucas Pocay disse ser difícil acreditar que houve realmente toda essa recuperação porque a população está vendo e sentindo a situação das ruas, assunto que foi, inclusive, tema de matéria na TV TEM e que o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) feito, levando o asfalto em alguns bairros acabou não dando certo já que o mesmo esfarelou e que em sua gestão fará um asfalto que não seja destruído na primeira chuva e realmente dure. Na tréplica, Toshio afirmou que o asfalto tem uma vida útil e criticou o asfalto feito pelo grupo político do qual Lucas faz parte. A segunda pergunta do primeiro bloco foi feita por Toshio a Robson Sanches questionando o candidato sobre o seu discurso pautado na eficiência, eficácia e efetividade e se acredita que, atualmente, os servidores públicos são desqualificados. Disse que quando prefeito fez parcerias com faculdades para qualificar os servidores e perguntou quais são os seus planos para qualificar os servidores.

Robson Sanches afirmou que é professor de administração e tem entre seus alunos muitos servidores municipais que reclamam que são desvalorizados e não se manifestam por temerem retaliação e que em sua gestão pretende criar o plano de carreira que nunca ocorreu para incentivar e motivar os funcionários, permitindo também que tenham o poder de decisão. Reiterou que essa desvalorização vem acontecendo há 30 anos, independente da gestão e que o plano de carreira seria o melhor caminho para mudar esta realidade. Na réplica, Toshio Misato afirmou que realmente o servidor precisa ser valorizado e que pretende criar um projeto de meritocracia e uma escola de governo para que ele seja qualificado e possa melhorar e ampliar os seus conhecimentos sobre administração pública e a vida da cidade. Disse ainda que a população terá acesso ao prefeito e à administração municipal, através de um aplicativo do celular, onde poderá fazer as críticas e sugestões.

Na tréplica, Robson disse que o servidor público municipal precisa perder o medo de se manifestar e que realmente deve ser valorizado e se sentir parte da equipe. A terceira pergunta do primeiro bloco foi feita por Mário Ferreira a Lucas Pocay. Disse que Lucas se apresenta como candidato da mudança e, citando levantamentos feitos, afirmou que as despesas do Legislativo aumentaram em 40% em sua gestão como presidente e indagou se era esse tipo de mudança que deseja levar para o Executivo. Lucas Pocay observou que o candidato precisa conhecer melhor a sua gestão, os dados e os motivos. Disse que assumiu a presidência da Câmara com vários apontamentos do Tribunal de Contas e do Ministério Público e foi resolvendo cada um deles. Disse que valorizou os servidores de carreira, chamando os concursados, diminuiu em mais 30% os cargos comissionados, de livre nomeação e que houve economias de diversas despesas entre as quais com viagens, materiais de consumo, internet, telefonia, energia elétrica, resultando na disponibilidade de recursos na ordem de 3 milhões de reais que foram destinados para o atendimento da população como compra de ônibus para levar os pacientes para tratamento em Jaú, para atender o município na recuperação dos danos causados pelas fortes chuvas que ocorreram na cidade, para realização de cirurgias eletivas e que também foram destinados recursos para os servidores públicos, pavimentação, entidades assistenciais e construção de academias da saúde em vários bairros da cidade. Afirmou que sua gestão foi pautada pela transparência, seriedade e lisura, sempre zelando pelo dinheiro público. Citou a TV Câmara que aproximou a população do Legislativo e que teve as contas aprovadas.

Na réplica, Mário Ferreira afirmou tratar-se de um belo discurso e que os dados por ele apresentados são do Observatório Social do Brasil. Citou ainda estudo que faz um comparativo dos 10 municípios parecidos com Ourinhos e com populações semelhantes onde os gastos são bem menores que os de Ourinhos, inclusive com os seus vereadores. Na tréplica Lucas Pocay, colocou à disposição todos os dados de sua gestão, demonstrando as economias feitas e a aplicação de todos os recursos e afirmou que seguiu orientação do Tribunal de Contas que exigiu que a Câmara tivesse seu quadro funcional composto por técnicos, por isso foi realizado concurso público e contratação de novos funcionários. A quarta e última pergunta do primeiro bloco foi feita por Robson Sanches a Mário Ferreira. A pergunta de Robson foi sobre a assistência social. Afirmou que existem quatro CRAS em Ourinhos mas que não existe uma cobertura no Jardim Itamaraty, na Vila Brasil e no Vendramini onde há pessoas passando dificuldades e até fome por não contar com este atendimento e observou que existem recursos na área de mais de 11 milhões que viabilizaria a ampliação do CRAS. Robson indagou o candidato sobre a sua opinião sobre esta ampliação.

 Mário Ferreira afirmou que é preciso ter um programa público de assistência social e disse que não se pode transferir para as entidades associativas voluntárias, responsabilidades que são do município. Disse que é preciso uma política pública e que os CRAS não são suficientes e que é necessário um atendimento mais próximo da casa das pessoas e as secretarias municipais devem ser integradas para que a assistência social trabalhe em conjunto com a saúde, com a educação, a secretaria do desenvolvimento para possibilitar cursos e treinamentos que possam reinserir as pessoas e gerar rendas. Disse também que tem a idéia de ter um programa de agricultura urbana para trabalhar com pessoas que tenham pouca qualificação aproveitando os terrenos que estão abandonados para produzir merenda escolar, por exemplo. Tudo isso, segundo Mário, deve estar integrado com os CRAS para dar oportunidade de renda para as pessoas.

Na réplica Robson concordou que os CRAS não são suficientes para dar atendimento a todas as pessoas. E as pessoas que estão passando dificuldades e até fome são seres humanos e precisam da assistência social mais efetiva. São pessoas menos favorecidas que precisam de mais atenção. Na tréplica, Mário Ferreira afirmou que essa realidade se deve não a falta de recursos mas à falta de eficácia e que hoje existe na Prefeitura um penduricalho de cargos de confiança que não são técnicos e não tem qualificação, chefiando setores com funcionários de carreira que estão bem preparados, o que gera uma grande desmotivação. Disse que é preciso mudar o jeito de administrar e ter uma administração eficaz com poucos cargos de confiança, com pessoas qualificadas, motivadas e idealistas.

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