quinta, 03 de outubro de 2024
Publicado em 20 jan 2020 - 10:59:47
Segundo informações de testemunhas, o fogo começou por volta das 21h00
Marcília Estefani / Juliana Neves
Na noite do domingo, 19, um novo fato trouxe à tona a morte da menina Emanuelle Pestana de Castro de 8 anos. A casa onde morava Aguinaldo Guilherme Assunção, 49 anos, assassino confesso da garotinha, foi incendiada.
A família do criminoso já não morava mais na casa, testemunhas afirmam que um desconhecido esteve no local e o incêndio provavelmente seja criminoso.
Dr Gabriel Ulisses Salomão, delegado de Chavantes, afirmou que, em posse do boletim de ocorrências, irá iniciar uma investigação para apurar o caso.
Não houve vítimas, mas o fogo assustou os moradores da vizinhança. Só não teve maiores proporções porque antes mesmo da chegada do Corpo de Bombeiros de Ourinhos, populares se uniram em combate às chamas.
RELEMBRE O CASO – Emanuelle foi covardemente assassinada na sexta-feira, 10 de janeiro, após brincar em uma praça do bairro onde morava em Chavantes. O corpo da vítima ficou desaparecido por 3 dias, até que as investigações avançaram e o principal suspeito, Aguinaldo Guilherme Assunção, confessou o crime e apontou onde estava o corpo.
A morte da criança revoltou a população chavantense e teve grande repercussão na mídia local e nacional. O rapaz declarou que matou a menina para se vingar da mãe dela, Fabiana Aparecida Pestana, 36 anos, que não deixava seu enteado brincar com Emanuelle.
MORTE DE AGUINALDO – Após audiência de custódia realizada na terça-feira, 14, Aguinaldo foi transferido para o Centro de Detenção Provisória de Cerqueira César, onde foi encontrado morto por volta das 5h00 da manhã da quarta-feira, 15, dentro da cela. Ele se enforcou com a ajuda de um lençol.
Aguinaldo foi sepultado às 17h00 da quarta-feira no cemitério de Ourinhos, pois moradores de Chavantes e Irapé, revoltados, se reuniram em protesto para impedir que ele fosse enterrado ali, no mesmo local onde estava Emanuelle.
INVESTIGAÇÕES – O Dr. Antonio José Fernandes Vieira, Delegado Seccional de Polícia de Ourinhos, afirmou em entrevista ao Negocião, que apesar da morte do autor do crime, o inquérito da morte de Emanuelle continuará até que todas as circunstâncias sejam apuradas. Em relação ao suicídio, a apuração segue por Cerqueira César.
O delegado de Chavantes, Dr Gabriel Ulisses Salomão, responsável pelo caso, afirma que as investigações vão continuar, que é aguardado a chegada dos laudos dos exames de Emanuelle. Afirmou também que é necessário esclarecer os motivos reais do crime, e concluir se Aguinaldo agiu mesmo sozinho.
A FAMÍLIA APÓS O CRIME – Fabiana e os filhos, Giovana, de 18 anos, e o caçula, Paulo Henrique, de 6 anos, continuam morando em Chavantes, na mesma casa onde moravam com Emanuelle. Segundo a mãe, a cada dia que passa a saudade aumenta, e fica mais difícil conviver com a realidade da morte da filha. “Vou levando, todos os dias choro, nunca vou me conformar”, fala com pesar.
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