domingo, 08 de setembro de 2024
Publicado em 02 set 2017 - 04:13:50
Alexandre Mansinho
Pedido de avaliação de sanidade mental, feito pelo advogado de defesa de Artur José Nogueira, assassino confesso de Eiji Nagae Marvule, provoca revolta entre amigos e familiares da vítima. Para o Ministério Público, no entanto, o pedido não passa de uma estratégia da defesa de alegar que Artur estivesse agindo sob forte emoção ou até que ele poderia sofrer de “insanidade temporária”. O promotor responsável pelo caso, Dr. Silvio Brandini, continua sustentando a tese de premeditação: “Artur era desafeto de Eiji e cometeu o crime por vingança”.
Polêmica nas redes sociais – A página do Jornal Negocião no Facebook tornou-se cenário para os protestos contra a estratégia da defesa de Arthur e até de pedidos de liberdade para João Paulo Oliveira, acusado de ser cúmplice no homicídio.
RELEMBRE O CASO – No dia primeiro de abril de 2016, próximo das 21h, o jovem Eiji N. Marvule estava na companhia de sua namorada, sentado sob sua moto, na entrada da Universidade Estácio de Sá, campus Ourinhos, quando dois indivíduos numa moto se aproximaram, um deles sacou de um revólver, chamou pelo nome de Eiji, e disparou três tiros, na cabeça. A vítima chegou a ser socorrida, mas faleceu ainda a caminho do hospital – os dois indivíduos fugiram. A princípio houve várias linhas de defesa: tentativa de roubo da moto ou morte encomendada – mas, conforme as investigações evoluíram, ficou claro que o motivo foi passional. Ficou provado que uma desavença entre Eiji Nagae Marvule e Arthur José Nogueira, 24, teria sido o motivo que levou a execução de Eiji. O assassino, Arthur, foi preso no dia 09 de agosto de 2016, após meses de investigação por policiais da DIG (Delegacia de Investigações Gerais). O comparsa, João Paulo Oliveira, 21, também foi preso e responde como cúmplice.
Insanidade mental? – Um amigo de Eiji aceitou falar com o Negocião, com a garantia de preservação de sua identidade – para ele a tese de insanidade é absurda: “Arthur planejou o crime, pediu informações na Estácio sobre os horários de entrada, saída e intervalo (…) ele esteve no velório, abraçou a mãe do Eiji e “pagou de amigo de luto” (…) não sou psiquiatra, mas acho que quem é doido não faz isso”.
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