domingo, 08 de setembro de 2024
Publicado em 19 dez 2016 - 10:04:07
José Luiz Martins
A procura por material vai começar. Algumas escolas particulares já se antecipam e distribuem as listas de material escolar. As papelarias também estão preparadas organizando as prateleiras com produtos dos mais básicos como canetas, cadernos, borracha e lápis de cor a materiais técnicos específicos destinados a universitários. Este período de aquecimento da economia nesse setor deve durar em média 40 dias.
De acordo com dados da ABFIAE (Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e de Escritório), os reflexos da crise econômica que atravessa o país se farão presentes nos preços desses produtos, já que em 2016 o preço do papel subiu 24%. O impacto no preço final para produtos cuja matéria prima seja o papel será de 5% a 10%. Demais materiais como lápis, canetas, borrachas entre outros chegam até 12%. Para produtos importados como mochilas e estojos, por exemplo, o reajuste deve variar entre 20% e 40% principalmente para os produtos de marcas que exigem licenciamento.
Os lojistas do ramo em Ourinhos se dizem preparados para a temporada com uma ampla linha de produtos e preços de concorrência. É o que afirma Brígida Valéria Borba Pastrello, a Bia proprietária da Microtec. “Já estamos prontos para 2017, visitei todas as escolas para saber com o que os professores vão trabalhar. Nós atendemos desde a linha para as crianças até a linha técnica universitária, temos em nosso estoque aproximadamente 16 mil itens relacionados à educação com excelentes preços. Os pais poderão conferir isso”, revelou. Ela conta que pensando em agilizar e facilitar as compras, a papelaria disponibiliza um e-mail onde os pais enviam a lista para elaboração do orçamento, confirmada a compra todo material é separado e o comprador só vai à loja para acertar o pagamento e retirar o material. Acrescenta que para pagamentos a vista os descontos são ótimos e o parcelamento pode ser em até 10 vezes.
Mesmo em lojas menores como a P&G Papelaria, localizada na Vila Mano, próxima a escola Racanello, o planejamento e reposição de estoque para o ano letivo de 2017 também foi feito com antecedência. Empresa familiar estabelecida há 16 anos, além de comercializar uma ampla linha de material escolar, de escritório e suprimentos de informática faz cópias, encadernação, plastificação e digitalização. Seu proprietário, Francisco Dorival Geraldes, afirma que o fato de estar localizado a algumas quadras do centro, em uma rua que é via de saída da área central, atrai clientes que fogem do trânsito carregado no centro, onde também se estaciona com mais facilidade, mas ressalta que os maiores atrativos são os preços competitivos. “A volta as aulas trazem um aumento no movimento que dura em média um mês e meio, dois meses no máximo. Antes esse tipo de comércio era concentrado nas papelarias e hoje existe uma concorrência sazonal muito forte, até os grandes magazines e supermercados se aproveitam essa época pare vender material escolar, destacou.
O retorno às aulas na rede pública de ensino está previsto para o início de fevereiro, a correria para compra do material costuma se intensificar a partir da 2ª semana de janeiro e segundo Francisco a pesquisa de preço é costumeira e imprescindível nessa época “Na volta às aulas não tem promoção. Tem que ter preço de concorrência porque os pais com a lista de material em mãos saem pesquisando, percorrendo todas a papelarias, quem tiver opções e melhor preço vende”. Se a pesquisa ainda é a palavra de ordem para os pais como forma de economizar, o momento da compra do material é um pouco mais complicado e vai além da simples cotação de preços. Principalmente se o consumidor ficar preso a desejos dos filhos ditados por modismos que influenciam as crianças, jovens e até adultos.
O mercado é abarrotado de produtos de marcas estilizados explorando imagens de artistas, desenhos animados, filmes, séries e tantos outros. Mochilas, cadernos, canetas e uma série de outros itens que exploram os modismos, são mais caros que a linha básica que tem a mesma finalidade. Mas embora existam consumidores para todos os tipos de produtos, do mais caro ao mais em conta, a hora da compra do material escolar pode ser um ótimo momento para que educadores e principalmente os pais, ensinem para os filhos a utilidade dos materiais e a diferença entre o que é realmente necessário para o estudo e o que não é.
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