quinta, 12 de setembro de 2024

Crise preocupa comerciantes da área de alimentação em Ourinhos

Publicado em 22 nov 2016 - 09:15:34

           

Alexandre Q. Mansinho

Ao contrário dos outros setores, que acreditam já estarmos saindo da crise financeira, os proprietários e funcionários de lanchonetes em Ourinhos não estão vendo um horizonte tão promissor. Procurados pela reportagem do Novo Negocião, os entrevistados fizeram uma análise de como estava o mercado no mesmo período do ano passado e de como se encontra o mercado hoje, além de expectativas para o futuro. O resultado foi preocupante: todos foram unânimes em dizer que as dificuldades financeiras ainda permanecerão por alguns meses e que 2017 não será tão promissor.

A venda de lanches, sorvetes e demais alimentos, chamados de ‘fast-foods’, tem uma particularidade que dá ao setor a característica de ser um termômetro do que o comércio tem atravessado. O informativo Valor Econômico publicou uma pesquisa que revelou estar o setor de lanchonetes atravessando, em todo o Brasil, uma queda nas vendas da ordem de 55%. Até as padarias, que têm no pão francês um produto de vendas imbatíveis, pois está na mesa de todos os brasileiros, teve de encarar mais de 20% de queda no último ano.

“Nesse mesmo período, no ano passado, tínhamos um volume de vendas bem maior, nesse final de ano ainda não nos recuperaremos da crise”, diz Valdinir Caetano Leme e Silvia dos Santos Leme, proprietários do Café da Manhã Lanchonete. “Nos anos de 2012 e 2013 nós estivemos no melhor do comércio, os nossos refrigerantes não paravam dentro do freezer, hoje nós estamos com vendas bem mais modestas. As lanchonetes são o termômetro do comércio da cidade, se tiver movimento nós somos os primeiros a perceber”, completa Valdinir. Jaqueline da Silva Abuhamad, gerente da Sorveteria e Lanchonete Cristal, se apresenta um pouco mais otimista, mas mesmo assim não perde a cautela: “para nós, que trabalhamos com sorvetes, o período de calor está ajudando a aumentar as vendas, porém o mesmo período do ano passado apresentava um volume bem maior”, afirma.

“Trabalho há 18 anos aqui na sorveteria, essa é a crise mais longa e difícil que estamos atravessando”, diz Marília Dias, gerente da Sandy Milktaly: “esse ano precisamos dispensar funcionários e ainda não estamos vendendo o que é comum vender nessa época do ano, não há um comércio que esteja comemorando as vendas, todos estamos passando por dificuldades”. A reportagem ouviu dos comerciantes e comerciários entrevistados que a Prefeitura cogita promover shows musicais na praça, durante o período que o comércio abre tradicionalmente até as 22h, no início de dezembro. Se essa expectativa se concretizar, todos são unânimes em dizer que ajudará a recuperar um pouco das perdas do ano, no entanto, há os que acreditam se tratar apenas de boato.

 

 

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