quinta, 26 de dezembro de 2024
Publicado em 19 maio 2017 - 05:26:35
Alexandre Mansinho
Apesar da grande campanha feita contra as podas radicais de árvores e o grande esforço para se regularizar a iluminação pública, os problemas continuam acontecendo, com um cenário de muitas árvores podadas indiscriminadamente e lâmpadas de postes públicos acesas em plena luz do dia.
A reportagem do Novo Negocião andou por diversas ruas da cidade próximo às 15h com o objetivo de verificar se haviam lâmpadas de iluminação pública acesas e árvores podadas de forma irregular. A constatação foi assustadora: em cerca de 5 quilômetros de percurso, tanto na região central quanto nos bairros, ambos os problemas foram flagrados.
Com base nessa simples verificação, podemos afirmar que Ourinhos é o município do desperdício e do desrespeito ao meio ambiente. A manutenção mal feita da rede de iluminação produz prejuízo ao município, isso reflete nas taxas cobradas no IPTU – prejuízo igual produz uma árvore vandalizada.
Especialistas em redes elétricas de alta tensão alertam que a manutenção dos postes, dos fios e das células fotoelétricas está sendo feito de forma ineficaz: “há poucas lâmpadas para reposição, se as lâmpadas existentes passam o dia acesas sem necessidade, a possibilidade de termos mais lâmpadas queimadas em cresce exponencialmente, nem precisa ser especialista para verificar isso”. Sobre as árvores podadas de forma irregular, tanto a Prefeitura quanto a CPFL alegam que não são responsáveis por tais práticas, porém, moradores denunciam que funcionários de ambas as instituições continuam a fazer esse vandalismo contra o meio ambiente.
Outro lado – Em resposta às denúncias de descaso e desperdício de recursos, a Prefeitura divulgou seguinte nota: “a responsabilidade da iluminação pública é da Prefeitura, através da Secretaria de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano, que por sua vez, se esforça para garantir a manutenção das lâmpadas, desde a questão do controle de funcionamento até a substituição das lâmpadas. É preciso ressaltar que a taxa paga mensalmente à CPFL referente ao gasto com energia decorrente da iluminação pública é feita de uma forma diferente que as residências comuns, denominada taxa por cota. Isso significa que o valor é fixo todo mês independente do uso. De qualquer forma, as secretarias de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano tal como a de Meio Ambiente têm trabalhado em conjunto para garantir a manutenção das mesmas e garantir o uso adequado dos recursos naturais, bem como a energia elétrica”.
Sobre a problemática das árvores na zona urbana, a Prefeitura informou que: “hoje (11/05) aconteceu uma reunião do secretário do Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico Sustentável, Júlio Gurgel, com a CPFL. Antes é importante ressaltar que há em nosso município 500 árvores em condições de risco que devem ser suprimidas. Condições de risco é aquela árvore que está em contato com a fiação elétrica ou que oferece algum tipo de risco à população. Porém, antes de suprimir estas árvores, a CPFL (já) fez o plantio de 2.600 mudas que vão repor e compensar estas 500, além de outras 2.100 novas que foram plantadas. A partir disso, a CPFL volta e continua fazendo o trabalho de suprimir as árvores. A CPFL tem feito o trabalho sozinha até então, mas agora, com a reunião de hoje, este trabalho vai acontecer em conjunto com o Meio Ambiente para que esta ação ocorra da maneira correta. Na reunião de hoje, foram levantados 46 pontos de árvores que serão feitas estas ações. Vale lembrar que suprimir uma árvore em condição de risco é uma coisa, fazer a poda radical de uma arborização pública qualquer é outra”.
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