domingo, 10 de dezembro de 2023

Eletricitários decidem por greve geral em 15 de março

Da redação

Conforme deliberado na quarta-feira dia 18 de fevereiro por centenas de trabalhadores que compareceram à Assembleia Geral dos Eletricitários, foi rejeitada a aceitação as propostas do Governo Federal que retiram os direitos trabalhistas e previdenciários. Os Eletricitários de São Paulo decidiram que tais medidas não passarão, mostrando-se dispostos para participar de paralisações, e, se necessário, até de uma greve geral em conjunto com outros sindicatos.

E por esse motivo foi emitido nota oficial do Sindicato onde os trabalhadores confirmaram que vão cruzar os braços no dia 15 de março, participando da Greve Geral contra a reforma da previdência e a reforma trabalhista. Compostas por medidas que visam dilacerar a aposentadoria e rasgar as páginas da CLT, as “reformas” acabam com vários direitos dos trabalhadores.

Segundo o Presidente do Sindicato Eduardo Annunciato, o Chicão a participação na paralisação geral demonstra o espírito de união e luta da categoria, que, historicamente, conquistou vitórias para todos os trabalhadores brasileiros. “ Nos dias atuais, continuamos firmes e destemidos para defender nossos direitos, se não há luz no fim do túnel, não haverá luz para ninguém”, disse em uma clara alusão que se o Governo Federal insistir em tais medidas colocará em risco o setor elétrico brasileiro, que cogita a hipótese de desligar o sistema elétrico e parar o país.

Relembre: Assembleia Geral dos Eletricitários de São Paulo decide por greve geral

Na última quarta-feira (18/02), trabalhadores compareceram à Assembleia Geral dos Eletricitários, preenchendo os espaços da Casa do Trabalhador, para rechaçar, de forma unânime, as propostas do Governo Federal que retiram os direitos trabalhistas e previdenciários. Firmes e preparados para a luta, os Eletricitários decidiram que tais medidas não passarão, mostrando-se dispostos para participar de paralisações, e, se necessário, até de uma greve geral em conjunto com outros sindicatos.

A Família Eletricitária compareceu em peso à assembleia, demonstrando uma inabalável consciência de classe para a luta contra as “reformas” trabalhista e previdenciária. A “reforma” do trabalho retira diversos direitos previstos na CLT, e, dentre seus itens, estão o aumento da jornada de trabalho, o fim do acordo coletivo e o enfraquecimento das entidades sindicais, entre outras barbáries. Já a “reforma” da previdência estabelece 65 anos como idade mínima para a aposentadoria, tanto para homens, como para mulheres, ou trabalhadores que desempenham suas atividades sob riscos ou periculosidade.

Além dos trabalhadores das empresas de energia, do presidente Chicão e da diretoria do Sindicato, diversos representantes do movimento sindical compareceram à Casa do Trabalhador para expressar sua indignação com tais propostas. A assembleia geral contou com a presença do companheiro Arakém, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, do companheiro Aparecido da Silva, presidente da Federação das Extrativas e do companheiro Orlando Bira, secretário geral da Nova Central Sindical do Trabalhador. Também compareceram ao evento o companheiro Adauto Ribeiro, presidente do FPPS

(Fórum dos Participantes dos Planos de Suplementação de Aposentadoria de Empresas de Energia Elétrica do Estado de São Paulo), e Rubens dos Santos, presidente da ATEESP (Associação dos Técnicos das Empresas Energéticas do Estado de São Paulo).

Durante a assembleia, os Eletricitários atenderam ao chamado de luta do Sindicato e firmaram o compromisso de não arredar o pé contra a retirada de direitos, dando voto favorável à participação numa greve geral. “Este bando de safados só vai se lembrar da gente quando pararmos o Brasil por um dia”, explicou Chicão, presidente do Sindicato. “Nós somos os Eletricitários e este país não funciona sem o nosso trabalho!

Se eles continuarem a nos sacanear, nós vamos apagar o Brasil! ”, finalizou o presidente.

Marcada pela resistência dos trabalhadores, a Assembleia Geral dos Eletricitários deu origem a um documento, que será entregue às centrais, federações, confederações e outros sindicatos, evidenciando o apoio da categoria para uma greve geral e rechaçando todos os itens das famigeradas “reformas” do Trabalho e da Previdência.

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