segunda, 11 de dezembro de 2023

G.E.P.O. promoveu palestra sobre “Narcisismo e Adolescência”

Da redação

O Grupo de Estudos de Psicanálise de Ourinhos (G.E.P.O.) recebeu, no dia 14 de novembro, para um concorrido evento na Casa do Médico, o psicólogo clínico Osvaldo Luís Barison, mestre em Letras, psicanalista e membro efetivo da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e diretor regional da SBPSP.

Osvaldo Barison ministrou palestra sobre “Narcisismo e Adolescência” para psicólogos, profissionais da área da saúde e educadores. Além da apresentação do tema de grande relevância social, a visita de Barison teve também o objetivo de instalar a Seção Regional de Ourinhos da Sociedade Brasileira de Psicanálise (SBPSP).

Barison destaca que “a instalação da Seção Regional significa que a cidade, graças à atuação do G.E.P.O. e dos profissionais da área, conta agora com todo o mapa institucional da Sociedade, que oferece suporte, apoio e incentivo aos estudos e atividades do G.E.P.O. Esta conquista vai gerar benefícios para a população que busca este trabalho”.

A palestra – Em sua palestra sobre Narcisismo e Adolescência, o psicólogo Osvaldo Barison destacou a característica própria do ser humano – “todos nascemos narcisos”, afirmou – e explanou com muita propriedade sobre o contato que temos com as pessoas que nos cercam e com as quais convivemos e as dificuldades de aceitação do outro. 

Segundo Barison, tem período que isso fica mais claro, como o momento de sair da condição de filho para assumir a condição de adulto. Nesta fase os conflitos são muito maiores. Ele ressalta que nem somos criança, nem somos adultos, ainda não somos independentes e também não suportamos a dependência dos pais.

Esta foi a questão central focalizada pelo psicanalista, ressaltando que este é o momento da vida do adolescente ou jovem que todo o aprendizado adquirido será testado.

“Os pais erram muito por não entender que os filhos não estão prontos”, afirma, enfatizando que educar é acima de tudo tolerar a imperfeição, o erro, saber perceber que o jovem está passando por uma transformação importante e que este processo exige compreensão e nunca violência ou cobrança. Para Barison, a escola pode e deve interferir neste processo também sendo tolerante e, assim como a família, entender que os jovens precisam experimentar e que, inclusive, algumas transgressões são necessárias para o crescimento e amadurecimento do ser humano.

Coordenação e organizadores – O Grupo de Estudos de Psicanálise de Ourinhos (G.E.P.O.) tem como coordenadoras: Carmen Silvia Mariotto Jubran, psicóloga e membro filiado do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo; Cássia Regina Gomes Fernandes, psiquiatra e membro filiado do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo; Eunice Corrêa Sanches Belloti, psicóloga, pedagoga e professora universitária e Juliani Furlan Martins Yamaji, psicóloga e membro filiado do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.

A comissão organizadora do evento que também contou com o apoio do Núcleo de Psicanálise de Marília e Região foi integrada pelos seguintes profissionais: Cláudia Regina Z. Mazza, Daniela F. P. Caceres, Dulcelene Bruzarosco, Elisangela Longo, Fabiane Ap. G. Holmo Figueira, Helder de O. Barbosa, Neuza Maria G. Faria, Penha L. de Souza Silvestre, Priscila Rabelo de Souza e Viviane Beneti Pinholi.

Lançamento de livro – A convite do G.E.P.O., durante o evento a escritora Penha Silvestre apresentou ao público presente seu livro Linhas e Fios: A Mulher Tecelã (Arte & Ciência, 2015). A obra consiste em uma reunião de prosa poética que aborda a figura feminina em diferentes circunstâncias, a imagem multifacetada da mulher contemporânea, um retrato marcado pela poeticidade e os conflitos internos, visto que há um encontro da mulher com as palavras e com o mundo. Refere-se, pois, à constituição de um sujeito feminino percebido pela complexidade e pela adversidade das situações cotidianas que a oprimem ou de desejos insatisfeitos, como também revela a extensão entre a imagem de menina que se estende à vida adulta, ou seja, a mulher resulta das experiências do curso da vida, da maneira como lhe é concedido o direito de experimentar o mundo, sobretudo a relação com o outro e o mundo das artes, como também a precariedade, a morte, a falta, o desamparo.

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