terça, 15 de outubro de 2024
Publicado em 01 jul 2020 - 09:41:22
AMO-SIM, há um ano de completar 50 anos, pode deixar de atender com ensino, emprego e renda cerca de 800 adolescente por ano
Da redação
Representantes da AMO-SIM (Associação Mirim de Ourinhos e Serviço de Integração de Meninas), mais conhecida com “Guarda Mirim”, estiveram na segunda-feira, 29, na ACE (Associação Comercial e Empresarial de Ourinhos), para apresentar a atual situação da entidade após as restrições determinadas pelas autoridades federais em face da crise da Covid-19. Sem suas duas únicas fontes de receita para despesas de custeio, oriundas das empresas que contratam “guardinhas” e da arrecadação com a Zona Azul, o serviço pode deixar de existir caso alguma alternativa não seja encontrada nos próximos meses.
Participaram do encontro os representantes da AMO-SIM, Max Jardim Arce (presidente), Fioravante Neto (vice-presidente), Ede Carlos Pinheiro (educador social) e Fabiano (professor), e da parte da ACE, Fred Corrêa Leite (diretor), Gilvano José da Silva (gerente e consultor jurídico) e Fernando Cavezale (comunicação e marketing). Participou também o professor da Fatec, Miguel José das Neves.
Conforme o relato da AMO-SIM, por se enquadrarem em grupo de risco, desde o início da quarentena os menores atendidos foram obrigados a deixar seus empregos em empresas ourinhenses na condição de menores aprendizes, assim como o serviço de venda de bilhetes da Zona Azul. Aproximadamente, 150 jovens estavam empregados, 85 prestavam serviço na Zona Azul e 230 haviam acabado de concluir o curso de formação que a “Guarda Mirim” oferece semestralmente. “Todos eles estão em casa, recebendo suas remunerações, aguardando os acontecimentos”, informou o presidente da AMO-SIM, Max Jardim Arce.
O agravante é que os jovens que estavam trabalhando nas empresas foram afastados por dois meses com suspensão temporária prevista em lei, mas desde o dia 17 de junho dependem da entidade para realizar seus pagamentos. “Nosso passivo trabalhista nesse período já ultrapassa R$ 60 mil”, disse Fioravante Neto, vice-presidente da AMO-SIM. A entidade aguarda uma possível prorrogação do benefício.
O diretor Fred Corrêa Leite levantou as informações e apresentou algumas ideias que serão discutidas pela direção da ACE oportunamente para que a “Guarda Mirim” possa contar com a colaboração da entidade patronal. “Primeiramente, vamos fazer um levantamento da situação trabalhista e jurídica da Guarda para sabermos exatamente a sua situação e o tamanho do desafio”, afirmou, Fred. Segundo ele, o foco deverá ser um apoio emergencial para tentar viabilizar uma receita mínima necessária pela AMO-SIM. “Vamos levar o que foi discutido ao nosso presidente, Robson Martuchi, que não pôde participar dessa reunião, assim como para os demais diretores da nossa associação, para que, juntos, possamos colaborar de alguma forma com a Guarda”, antecipou, Fred.
Uma das ideias cogitadas na reunião foi a realização de uma campanha de venda antecipada de talões da Zona Azul. “Claro que doações de empresas e cidadãos seriam muito bem vindas para esse momento crítico por que passa a Guarda Mirim de Ourinhos, mas creio que uma campanha em que todos possam contribuir com pouco pode mobilizar nossa cidade. Perder a Guarda Mirim está fora de cogitação”, disse, Fred.
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