quinta, 31 de julho de 2025
Publicado em 29 jul 2025 - 13:25:41
Vítima ficou em estado grave e com o rosto desfigurado após as agressões; mulher foi agredida no elevador do condomínio
Da redação
Uma mulher foi espancada com mais de 60 socos pelo namorado no elevador do condomínio onde mora, no bairro de Ponta Negra, em Natal, no Rio Grande do Norte. As cenas chocantes aconteceram no último sábado, 27 de julho de 2025. A vítima ficou com o rosto desfigurado após as agressões.
A violência foi flagrada pelas câmeras do elevador e a polícia acionada pelo segurança. Nas imagens é possível ver que o agressor, Igor Eduardo Pereira Cabral, 29 anos, golpeou a namorada com os punhos, causando inúmeras lesões.
A vítima, Juliana Garcia dos Santos, 35 anos, saiu do elevador ensanguentada. Ao chegarem no local, os policiais se depararam com vítima sendo amparada pelos vizinhos.
O agressor foi preso no local e conduzido à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). Juliana foi levada para o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. Os ferimentos são considerados graves e, segundo a advogada da vítima, a moça deve passar por cirurgias de reconstrução da face, visto que são inúmeras fraturas.
A VÍTIMA – Segundo reportagem do https://www.maisgoias.com.br/ Juliana se pronunciou após a agressão que quase terminou em tragédia. Ela sofreu múltiplas fraturas no rosto e no maxilar e agora se recupera das lesões.
Em entrevista ao Mais Goiás, a mulher revelou que estava em um relacionamento com Igor há cerca de dois anos, e que ele já demonstrava comportamentos agressivos. “Ele já havia me empurrado, cometido violência psicológica, me expôs em rede social, me tratava de maneira rude na frente de todo mundo”, contou. Ainda assim, ela acreditava que a situação não evoluiria para algo tão grave.
CIÚMES E TENSÃO ANTES DO CRIME – Juliana relatou que o casal participava de um evento no salão de festas do prédio quando a discussão começou. Igor se irritou após ela mostrar uma mensagem no celular. A reação foi imediata: ele a acusou de traição e arremessou o aparelho na piscina.
“Depois disso, eu me afastei dele para evitar algo pior”, disse. Em seguida, ela decidiu ir até os bancos próximos ao bloco onde mora. Quando viu que Igor havia entrado no prédio, resolveu subir também. “Ele entrou em um elevador e eu entrei em outro, para evitar contato”, relatou.
Ao chegar no andar do apartamento, Juliana encontrou Igor visivelmente agressivo. Ele saiu do elevador e foi até o que ela estava. Ali, tentou convencê-la a sair e abrir a porta do imóvel, alegando que queria pegar seus pertences.
“Eu percebi que ele estava muito agressivo e disse que não sairia do elevador enquanto ele não se acalmasse. No corredor não tem câmera, e eu pensei que, se saísse, ele poderia fazer algo ainda pior”, explicou Juliana. Foi nesse momento que ele respondeu: “Você vai morrer”.
A partir dessa frase, a agressão começou. Igor desferiu dezenas de socos contra o rosto da vítima, que ficou encurralada em um canto do elevador. Toda a ação foi registrada pela câmera de segurança e acompanhada em tempo real por um segurança do prédio.
“Ele disse que eu ia morrer e começou a me bater sem parar”, declarou Juliana. Por conta das fraturas no rosto, ela precisou responder às perguntas da imprensa por mensagem de texto.
PRISÃO EM FLAGRANTE – O segurança acionou imediatamente a Polícia Militar. Quando o elevador chegou ao térreo, moradores conseguiram conter o agressor até a chegada da viatura. O ex-jogador de basquete foi preso em flagrante. Em depoimento, alegou ter tido um “surto claustrofóbico”, versão que não convenceu as autoridades. Igor passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça do Rio Grande do Norte.
Juliana foi levada ao Hospital Walfredo Gurgel, onde exames constataram fraturas na face e na mandíbula. Ela passará por cirurgia de reconstrução óssea e relatou também problemas de visão causados pelas agressões.
Emocionada, ela desabafou: “Eu só pensei em sair dali viva. Eu tinha tudo pra ter morrido naquele momento. Não morri porque Deus não quis. Que a Justiça seja feita e que nenhuma mulher passe pelo que eu passei.”
HISTÓRICO DE ABUSOS – Juliana contou que o relacionamento com o ex-jogador de basquete era marcado por ciúmes e violência psicológica. Ela chegou a ser humilhada publicamente e teve sua privacidade exposta nas redes. “Foi uma grande decepção. Eu sabia que ele não era calmo, mas não esperava isso”, disse.
Amigos da vítima confirmaram que Igor demonstrava comportamentos agressivos com frequência. Segundo uma amiga, que preferiu não se identificar, os episódios de ciúmes eram recorrentes.
INVESTIGAÇÃO – O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM), como tentativa de feminicídio. Igor Cabral deverá responder pelo crime, com agravantes devido às lesões graves causadas.
A brutalidade do caso gerou comoção nacional, especialmente após a divulgação das imagens. Internautas e entidades de defesa das mulheres cobram punição exemplar ao agressor.
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