sexta, 06 de dezembro de 2024
Publicado em 16 maio 2016 - 08:46:11
Diante da repercussão negativa pelo fato de Anderson Neris, 33, conhecido por pedir dinheiro nos semáforos da cidade, ter agredido brutalmente um advogado a tijoladas na última quinta-feira, 5, não ter ficado preso ao ser apresentado pela Polícia Militar na Central de Polícia Judiciária, a equipe de reportagem do Jornal NovoNegocião entrou em contato com a Polícia Civil de Ourinhos em busca de esclarecimentos.
O caso está sob responsabilidade do delegado Dr. Pedro Alcântara, mas quem falou com a equipe de reportagem foi o Coordenador da Central de Polícia Judiciária, o delegado Dr. Reginaldo Ferreira de Campos. De acordo com Dr. Reginaldo, o agressor não foi preso pois foi apresentado na sexta-feira, 6, ou seja, 24 horas após o espancamento, saindo dessa forma, do estado flagrante. Com isso o delegado Dr. Pedro Alcântara ficou impedido pela Lei brasileira de determinar a prisão do meliante o que não impede do agressor responder por ação.
A Polícia Civil de Ourinhos garante ainda que foi instaurado um inquérito para apurar os fatos e que as medidas cabíveis serão adotadas, mas sempre amparadas pelo que determina a Lei. Se comprovado, Anderson poderá responder pelo crime de lesão corporal grave e pode pegar até 8 anos de reclusão.
O CASO – Um advogado, que preferiu não se identificar, afirma que foi brutalmente agredido pelo desempregado Anderson Neris, 33 anos, conhecido por pedir dinheiro no semáforo em frente à delegacia de ensino de Ourinhos na rua 9 de Julho, na manhã do dia 5 de maio na Rua Euclides da Cunha, centro da cidade.
A equipe de reportagem do NovoNegocião conversou com exclusividade com a vítima, que relatou que deixou seu veículo para lavar, num Lava Car na Rua das Acácias, e se deslocou a pé até seu escritório que fica situado no Condomínio Shinji Kuniyoshi na rua Nove de Julho. Ao passar próximo a CPFL, o advogado notou Anderson extremamente nervoso e aparentemente fora de si. Ao atravessar a rua, o advogado foi abordado por Anderson que acertou a cabeça da vítima com um tijolo, por várias vezes, até cair no chão. Ali mesmo, o agressor começou a chutar violentamente a vítima que tentava se defender com as mãos e os braços, porém em vão.
O advogado relatou que teve a sensação de que não sobreviveria as agressões e tentava a todo instante pedir por socorro. “Naquele momento pensei que iria morrer, pois eu gritava, gritava muito, por socorro, pois sabia de uma obra na esquina e que lá tinha um pedreiro, mas acho que ele não me ouviu”. Depois de minutos de luta corporal, o advogado conseguiu desvencilhar das mãos do agressor e foi socorrido por uma motorista que passava pelo local.
Um dia depois o episódio, a esposa da vítima passou pelo local e foi coagida, acionando a polícia para fazer o pedinte prestar depoimento sobre o ocorrido na Central de Polícia Judiciária. Lá, ele alegou que não se lembrava do ocorrido e que estava sob efeito de drogas. O boletim foi registrado e Anderson liberado. “Espero que a justiça seja feita de acordo com a lei, pois a intenção dele era matar. Imagina se fosse uma criança ou mulher, não estaria aqui para narrar o fato, ele não pode ficar impune e ainda mais intimidando outras pessoas como ele vem fazendo”, concluiu. O advogado passou por cirurgia para a implantação de 16 pinos e duas placas e agora se recupera do ocorrido.
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