sábado, 08 de fevereiro de 2025

Homem que espancou advogado diz que estava drogado e não lembra de agressão

Publicado em 10 maio 2016 - 09:08:33

           

Um advogado, que prefere não se identificar, afirma que foi brutalmente agredido pelo desempregado Anderson Neris, 33 anos, conhecido por pedir dinheiro no semáforo em frente à delegacia de ensino de Ourinhos  na rua 9 de Julho, na manhã do dia 5 de maio na Rua Euclides da Cunha, centro da cidade.

A equipe do Jornal NovoNegocião conversou com exclusividade com a vítima, que relatou que deixou seu veículo para lavar, em um Lava Car na Rua das Acácias, e se caminhou até seu escritório que fica no Condomínio Shinji Kuniyoshi na rua nove de julho.

“Por volta das 9h30 após deixar meu pai em sua casa levei meu carro para lavar e seguia a pé para meu escritório quando avistei um indivíduo na esquina do prédio da CPFL com aparência de apavorado, nervoso com alguma situação, eu observei que ele estava me olhando com os olhos bem abertos. Neste momento, fui atravessar a rua quando fui atingido pelas costas com uma tijolada na cabeça, indo imediatamente ao chão, cai no meio da rua, e ali mesmo ele começou a me chutar violentamente. Eu tentava me defender com as pernas e o braço direito, ele escapava e chutava muito forte minha cabeça até que perdi o sentido e não sabia mais o que estava acontecendo”, relatou a vítima.

Ainda segundo o advogado, o agressor muito violento não parava de lhe agredir e quando conseguiu levantar foi agredido novamente por ele que o derrubou e no chão chutava somente sua cabeça, “naquele momento pensei que iria morrer, pois eu gritava, gritava muito, por socorro, pois sabia de uma obra na esquina e que lá tinha um pedreiro. Pensava nele o tempo todo para me socorrer, mas acho que ele não me ouviu. E só depois de muita luta eu consegui escapar dele e uma motorista que passava pelo local me socorreu e me levou até o Hospital da Unimed”, detalhou.

Após ser socorrido, o advogado ligou para sua esposa que foi até o hospital para saber o estado de seu marido, e em seguida entrou em contato com uma testemunha que contou em detalhes das agressões, inclusive disse que o desempregado a todo momento apertava os bolsos da calça da vítima, como se estivesse procurando algo, para roubar. Esta o acompanhou até a delegacia para registrar um boletim de ocorrência, o qual foi elaborado baseado nas declarações da esposa e da testemunha, concluído como lesão corporal.

No decorrer da nossa entrevista, a vítima foi questionada sobre o acionamento da Polícia Militar tendo ele explicado que: “não tinha condições de acionar a polícia, mas como era horário da troca de turno da CPFL, algumas pessoas informaram para minha esposa que ligaram, mas quando a viatura chegou no local o agressor não se encontrava mais”. 

De acordo com a vítima a Polícia Militar chegou a ir até o hospital com um suspeito, mas ele não o reconheceu como sendo o autor das agressões.

No outro dia, a esposa da vítima, que foi coagida pelo agressor que estava novamente no semáforo, acionou a polícia e o conduziu o mesmo até a Central de Polícia Judiciária, onde foi ouvido pelo delegado, e alegou que havia consumido crack e por isso não lembrava de nada. Em seguida foi liberado.

“Espero que a justiça seja feita de acordo com a lei, pois a intenção dele era matar não a mim especificamente, mas eu estava ali naquele momento, imagina se fosse uma criança ou mulher, não estaria aqui para narrar o fato, ele não pode ficar impune e ainda mais intimidando outras pessoas como ele vem fazendo”, concluiu a vítima. O advogado está em casa agora se recuperando da cirurgia que sofreu no braço esquerdo para a colocação de 16 pinos e duas placas devido as agressões sofridas.

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