sexta, 08 de novembro de 2024
Publicado em 23 jan 2018 - 10:50:12
Alexandre Mansinho
Mato alto, chuvas, umidade, entulhos, lixo orgânico e terrenos sem cuidados; tudo isso proporciona o surgimento e reprodução desse animal que é extremamente tóxico para humanos e animais domésticos.
A história é a seguinte, um grupo de donos de restaurantes importaram, ilegalmente, no final dos anos 80, um carregamento de caramujos africanos com o objetivo de exploração na indústria culinária. O problema é que, além de não ser da cultura brasileira consumir esse molusco, a espécie importada era extremamente tóxica.
O Jornal Negocião procurou o Departamento de Malacologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) da Fiocruz, que é centro de referência nacional em malacologia médica, e solicitou informações para que a população saiba como se deve proceder ao encontrar esse animal extremamente nocivo.
A principal providência a ser tomada é o controle pela catação. O uso de pesticidas não é recomendado em função da alta toxicidade dessas substâncias. A melhor opção é a catação manual com as mãos protegidas com luvas ou sacos plásticos. Este procedimento pode ser realizado nas primeiras horas da manhã ou à noitinha, horários em que os caramujos estão mais ativos e é possível coletar a maior quantidade de exemplares. Durante o dia, eles se escondem para se proteger do sol.
O sal, que seria uma opção para eliminar os moluscos, não é recomendado porque seu uso em excesso prejudica o solo e plantio, além de espalhar as substâncias tóxicas pelo ambiente. O Ibama recomenda que, após a catação, os moluscos devem ser ensacados, cobertos com cal virgem e descartados no lixo comum.
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