sábado, 27 de julho de 2024

Moradora se considera abandonada pela prefeitura há mais de 20 anos

Publicado em 16 fev 2015 - 03:33:08

           

Hernani Corrêa

Esta semana, a reportagem ouviu a reclamação da Sra. Isabel de Oliveira Pedaes, doméstica, moradora na Rua Pedro Padovan, nº 531 – Jardim Imperial. Casada, mãe de três filhos, a moradora construiu sua casa há mais de 20 anos.

Sua briga constante é com a secretaria de serviços urbanos da prefeitura de Ourinhos, hoje sob a responsabilidade do engenheiro Edson Carnevale. Ela conta que já cansou de reclamar para uma solução definitiva de seus problemas.

Sua residência é a última da rua que tem um declive acentuado e se localiza ao lado de uma área verde, pertencente à Prefeitura, que vive abandonada. “Desde que mudamos aqui, vivo nessa vida, correndo atrás de prefeitura, da rádio, mas parece que todo mundo esqueceu de nós. Meu marido vive colocando veneno para matar o mato e os outros tacam fogo. Toda a sujeira que vem lá de cima, vai se acumulando aqui em baixo. A chuva vai levando o asfalto, fazendo esses enormes buracos e a gente não sabe mais o que fazer. Já liguei até na casa do secretário da prefeitura, mas ele não veio aqui. De vez em quando o trator vem aqui, dá uma roçadinha e só”, reclama

Insegurança – “Não aguento mais essa vida. Minha filha vai na faculdade e quando ela chega, tem que ficar esperando do outro lado onde para o ônibus, por causa do mato e eu tenho medo, é perigoso, pode ter alguém escondido atrás do muro. Eu só peço a limpeza do terreno e arrumar esse pedaço de rua que tá tudo cheio de buraco, porque do jeito que está, vai acabando tudo”, implora.

Improviso – Como o final da rua está intransitável pelo mato e os buracos existentes, Lamberto, o marido de Dona Isabel, improvisou uma passagem ao lado da sua casa. Por ali, pedestres e motociclistas trafegam para ter acesso à outra rua e ao ponto de circular. “Coloco dinheiro do meu bolso pra comprar o veneno sempre que precisa, ainda compro do mais barato, pois foi a única forma que achei do mato não invadir a nossa casa, pois quando cresce fica mais alto do que o muro”, observa ele.

Outro lado – A reportagem ouviu o secretário de serviços urbanos, Edson Carnevalle, que informou que de sua alçada ele só pode carpir o mato, o que faz regularmente.  Ronaldo Baia, da secretaria de planejamento, informou que a rua que parece que existe no fim do loteamento Jardim Imperial não tem ligação com o Jardim Oriental, por impedimento do setor de meio ambiente. E que, por enquanto, não há nenhum projeto para isso.

 

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