Com temperaturas consideradas altas e falta de chuva, o inverno seco prejudica as cidades

Fernando Lima

Várias cidades do interior do estado de São Paulo estão vivendo secas extremas. A falta de chuva tem baixado muito a umidade do ar, que vem atingindo níveis críticos e preocupantes.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou que cidades do centro-oeste paulista como Marília, Bauru, Pederneiras, Jaú, Iacanga e Arealva encontram-se na categoria de seca extrema.

O Inmet também divulgou no último domingo (21), que a cidade de Ariranha, na região de Catanduva, registrou 19% de umidade do ar, um nível extremamente baixo, já que a Organização Mundial de Saúde (OMS), recomenda que os níveis saudáveis sejam por volta de 60%.

Já as cidades de Itapetininga, Sorocaba e Jundiaí foram classificadas com seca severa. Ao todo, 1024 cidades do Brasil estão classificadas nos níveis de seca severa e extrema, que são os mais altos, segundo dados do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que monitora a estiagem pelo país. No mesmo período do ano passado, 45 cidades do país estavam classificas nesse nível. A classificação da seca é definida como: fraca, moderada, severa e extrema.

Algumas cidades como São José do Rio Preto, não registram chuvas significativas há mais de 100 dias. Reservatórios de água de muitas cidades estão prejudicados com a seca.

Segundo os meteorologistas do Inmet, a explicação para este cenário está em vários fatores. Apesar de terem registrado o fim do El Nino em junho, a seca ainda é reflexo do fenômeno, que somado a fatores como o aumento da temperatura das águas dos oceanos e mudanças climáticas, ainda devem intensificar a seca por algumas semanas. Espera-se nos próximos meses com a chega da El Nina, que tem efeito contrário ao El Nino, que a situação da seca melhore com mais chuvas.

Imagem: Reprodução/Google.