quinta, 26 de dezembro de 2024
Publicado em 28 mar 2017 - 06:37:52
Mayara Schinch Labs
Há alguns dias tive uma aula na especialização sobre esse tema onde aprendi que ser resiliente é a capacidade que temos de sobreviver a uma crise e nos tornarmos melhores. Como diz Froma Walsh: “A capacidade de se renascer da adversidade fortalecido e com mais recursos.”
Você já parou para pensar quantas vezes teve que ser forte para superar uma situação difícil em sua vida? A notícia de uma doença crônica, a morte de um ente querido, perda de emprego, divórcio, o filho que foi reprovado na escola… São tantas coisas no nosso dia-a-dia que precisamos enfrentar e não nos damos conta o quanto isso nos torna mais fortes ou o quanto o modo como lidamos com o problema interfere para superarmos os desafios.
Valorizar suas habilidades, suas opiniões, encorajar-se e encorajar o outro, ter confiança, otimismo, humor, esperança, procurar ver suas semelhanças com o próximo ao invés das diferenças, ajuda a superar os obstáculos diários e a nos tornarmos mais resilientes.
Durante a aula, a professora contou a história de Wilma Rudolph, uma atleta norte-americana, que foi diagnosticada com poliomielite na infância e tinha como sonho de sua vida ser corredora. Acrescentei ela como mais um modelo (outra forma que colabora para desenvolvermos resiliência) a ser seguido para minha vida, além da minha família, amigos e outros ídolos, pois ela conseguiu vencer a doença e ganhar três medalhas de ouro nas olimpíadas. A célebre frase dela ilustra bem como o modo com que lidamos com os problemas influencia sua resolução:
“Os médicos me disseram que eu jamais andaria novamente, mas minha mãe disse que eu andaria. Eu acreditei na minha mãe.”
O apoio familiar, a boa convivência, rever e/ou conhecer histórias familiares de superação e visitar lugares especiais nos fortalece para enfrentarmos as dificuldades. Quantos exemplos tivemos a partir das paraolimpíadas! Pessoas que sobreviveram a guerras e conseguiram retomar suas vidas, perderam tudo em tragédias – como enchentes, desabamentos, explosões – enfrentam doenças e conseguem sobreviver e tornarem-se mais fortalecidas. E são tantos exemplos que podemos encontrar em nosso contexto: pessoas que perdem o emprego e batalham para conseguir outro, que ajudam filhos na escola, um amigo que se divorciou.
Saiba que seu passado não determina seu futuro, os traumas que ficam apenas deixam marcas, mas o seu destino é você quem escolhe como ele será. Precisamos olhar os traumas com os olhos de hoje, não com o pesar do passado. Ter a ajuda de um profissional da psicologia em um momento de crise pode te ajudar a superar esse momento e fazer com que você se torne mais forte para as próximas dificuldades: se torne mais resiliente.
Com isso, deixo uma reflexão: o quanto você está “adubando” sua vida, para que, assim como aquela plantinha que venceu o asfalto, você possa ultrapassar as adversidades?
(Mayara Schinch Labs é Psicóloga Clínica – CRP 06/118721/www.eutuenos.com.br)
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