Confira algumas dicas para economizar com os chocolates nesta época do ano
Fernando Lima
Como era de se esperar, o produto mais consumido na Páscoa, o ovo de chocolate está, em média, 25% mais caro em 2025, segundo apontou a Associação Brasileira das Indústrias de Chocolate (Abicab).
Diante deste cenário, os consumidores tem que pensar em alternativas mais baratas para economizar sem abrir mão da tradição dos ovos de chocolate. A inflação o preço do cacau são alguns dos responsáveis pela alta dos ovos de chocolate.

Listamos algumas dicas do contador André Charone para economizar na hora de comprar os ovos:
- Estabeleça um teto de gastos realista
A primeira dica é básica, mas frequentemente ignorada: defina o quanto você pode gastar sem comprometer o restante do orçamento mensal. “Não adianta fingir que a Páscoa não impacta. Se você vai gastar R$ 300 em presentes e chocolates, esse valor precisa sair de algum lugar, alimentação, lazer ou reserva. Sem esse planejamento, o desequilíbrio vem na fatura do cartão”, alerta Charone.
Ele também sugere que o orçamento para datas comemorativas seja planejado com antecedência, assim como se faz com o Natal. “Quem se organiza, compra antes, pesquisa mais e evita a pressão da última hora.”
- Compare preços e desconfie da embalagem bonita
Uma das principais críticas de Charone ao mercado pascoalino é o peso da embalagem no preço final. “Um mesmo chocolate pode custar até 70% mais caro só porque foi moldado em formato de ovo e ganhou uma caixa personalizada com personagem infantil”, explica.
A dica é simples: coloque na ponta do lápis o preço por quilo de chocolate. “É comum pagar R$ 90 por um ovo de 200g, enquanto uma barra de 1kg do mesmo chocolate custa R$ 45. Ou seja, você pode comprar o dobro pagando metade.”
Ele também sugere presentear com cestas personalizadas ou montar kits com bombons, brinquedos e mensagens escritas à mão. “Tem mais valor afetivo e pode sair até três vezes mais barato.”
- Compre por amor, não por culpa
Muitos pais e mães se veem pressionados a presentear filhos, sobrinhos, afilhados e até colegas de trabalho. “Mas dar um presente por obrigação ou por medo de parecer ‘pão-duro’ é uma armadilha emocional”, adverte Charone.
Segundo ele, a educação financeira começa com limites claros e conversas francas: “Explique à criança que ela pode escolher entre um presente simples ou um passeio especial em família. O que marca a memória dela não é a embalagem, e sim a experiência compartilhada.”
- Cuidado com o parcelamento “sem juros”
Apesar das aparências, o famoso “em até 10x sem juros” pode ser traiçoeiro. “Muitas lojas já embutem os juros no valor final do produto. E ainda que não haja acréscimo, você compromete o fluxo de caixa dos meses seguintes, e datas como Dia das Mães e Dia dos Namorados vêm logo depois”, alerta.
A orientação de Charone é clara: “Se você não pode pagar à vista, é porque provavelmente não deveria comprar. Use o cartão com consciência e evite a tentação de ‘jogar para o mês que vem’, pois essa bola de neve cresce rápido.”
- Transforme a crise em criatividade e até em oportunidade de renda
A alta nos preços pode ser uma chance de pensar fora da caixa. Em vez de lamentar a inflação, por que não produzir em casa? “Fazer ovos artesanais, bombons ou montar lembranças personalizadas pode ser mais barato, divertido e ainda virar uma fonte de renda extra”, sugere Charone.

Segundo o Sebrae, mais de 50 mil pequenos empreendedores apostaram na produção caseira de chocolates neste ano, um número 18% maior que em 2024. Comprar dos pequenos empreendedores também é uma saída para economizar nesta época, já que eles produzem em escala menor e, por isso, podem ter preços mais atrativos, além de ajudar a impulsionar a economia local
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