domingo, 03 de dezembro de 2023

População de Ourinhos cresceu mais que a média nacional

É matéria diária de todos os canais de imprensa que os investimentos de todas as prefeituras em setores como saúde, educação, habitação e saneamento básico, só para citar alguns exemplos, têm sido diminuídos em virtude da crise financeira que o país atravessa. No entanto, na contramão da crise financeira, a população brasileira tem crescido. Na cidade de Ourinhos o crescimento é mais acentuado que a média do país, fato que garante ao prefeito que assumirá a próxima gestão (2017) um desafio enorme.

“Nos últimos anos nossa região atraiu pessoas de cidades menores que fogem da pobreza e do desemprego.” diz o Prof. Luiz Eduardo Devai, graduado pela UNESP e professor do Sistema Estadual de Ensino de São Paulo. “Aliado ao crescimento vegetativo, observou-se também uma migração estimulada por empreendimentos governamentais de moradia. Casas populares costumam estimular o crescimento das cidades, embora não considerem questões adicionais de bem-estar social e emprego” considera ainda o Prof. Eduardo.

Para auxiliar as cidades em suas despesas, o Governo Federal repassa uma verba chamada de Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Embora o número de habitantes seja o critério usado para calcular esse dinheiro, os gestores públicos são unânimes em dizer que as despesas proporcionadas por esse aumento da população é bem maior do que o FPM consegue absorver. Diante desse fato, além dos recursos já obtidos normalmente pela prefeitura, o prefeito terá que procurar outras formas de suprir seu caixa.

Outro problema que afeta diretamente o governo municipal é o desemprego – as pessoas mais pobres, quando desempregadas, buscam outras formas de ganho, caindo muitas vezes no trabalho informal. No entanto, o trabalho informal representa um prejuízo de arrecadação para os governos municipais, ao passo que o trabalhador informal continua sendo usuário dos serviços públicos mas, na prática, não colabora para o custeio dos mesmos pois a atividade informal não paga impostos.

Por fim, embora pareça que a situação do município de Ourinhos esteja à beira do caos, há projetos e programas criativos para equalizar as contas públicas que têm sido aplicados em diversas outras cidades pelo Brasil que têm servido para auxiliar na resolução dos problemas mais imediatos. O gestores que irão assumir os cargos em 2017 terão que dar uma resposta efetiva a essas demandas, além de procurar no diálogo com a sociedade civil organizada a força necessária para a superação desse período de crise. 

 

 

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