quinta, 16 de janeiro de 2025
Publicado em 02 set 2016 - 10:41:07
A razão é simples: questão de marketing, principalmente. E isso ocorre com todos os fabricantes de automóveis. A diferença é que alguns exageram mais, outros menos. Essas empresas adotam velocímetros cuja escala vai muito além da velocidade máxima efetiva – mesmo considerando o erro do velocímetro (que geralmente exibe uma velocidade maior que a real), influência do vento ou declives da pista – como uma forma de passar a impressão de um desempenho maior do que de fato o veículo tem. No caso da Toro, a própria Fiat explica que não há um padrão estabelecido de escala do velocímetro para os seus carros, podendo variar de um modelo para outro. O do Punto T-Jet, por exemplo, indicava otimistas 270 km/h, enquanto a máxima divulgada pela própria fábrica era de 203 km/h. Outro caso clássico foi o do Renault Clio 1.0, que durante certo tempo teve um velocímetro com escala até os 250 km/h.
Mas o mais emblemático talvez seja o do Effa M100, famoso por não ter completo os testes de Longa Duração por deficiências no produto e na rede de pós-venda. Apesar de a fábrica divulgar uma máxima de 120 km/h, em testes realizados por revistas especializadas em 2008, ele atingiu apenas 117 km/h, sendo que seu velocímetro ia até 200 km/h. Haja coração!
Projeto que proíbe APP que avisa sobre radar e polícia é aprovado
A Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (30) um projeto de lei que transforma em infração o uso de dispositivos eletrônicos, aplicativos ou rede sociais que alertam o motorista sobre a presença de radares, policiais ou autoridades de trânsito. O projeto de autoria do deputado Major Fábio (PROS/PB) estava em tramitação desde 2013, e prevê a alteração do Código de Trânsito Brasileiro. Ele agora segue para a Comissão de Viação e Tranporte. Se for aprovado, será encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça. Caso haja parecer favorável, segue para o Senado, e de lá para a Presidência da República.
O texto original do projeto se referia apenas às blitzes realizadas para o cumprimento da Lei Seca. Com o passar do tempo, acabou englobando também os avisos da presença e localização de radares, policiais e autoridades de trânsito. A comunicação desse tipo de informação via redes sociais (como o WhatsApp) também seria considerada infração, mas essa especificidade acabou sendo retirada pelo relator do projeto, o deputado Fábio Sousa (PSDB/GO), por temor de que a medida afetasse a livre manifestação de pensamento garantida pela Constituição.
Em julho, durante debates organizados pela Comissão de Ciência e Tecnologia, especialistas em tecnologia da informação afirmaram que o projeto pode criar precedentes perigosos. “O projeto de lei foi pensado na ideia básica de que as pessoas utilizam o aplicativo para escapar da blitz. Não se considerou um pneu furado em uma rua mais deserta, assalto em estradas, emergências mecânicas e médicas que poderiam ser resolvidas mais rapidamente”, disse Marcel Leonardo, diretor do Google Brasil (empresa proprietária do Waze).
A medida deve atingir diretamente aplicativos como o Waze (cuja função primordial é a navegação via GPS) e o Radardroid (específico para alertas sobre radares), entre outros. Para os aplicativos, o risco caso eles não restringam estas funcionalidades pode ser a proibição do acesso por parte dos provedores de internet. Já para os motoristas, está prevista uma multa de até R$ 50.000, além de sete pontos na CNH. (Fonte: Quatro rodas)
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