sexta, 06 de dezembro de 2024

POUCAS & BOAS

Publicado em 10 out 2016 - 12:24:33

           

CAINDO FORA – Assim que passou o período eleitoral, prefeita Belkis começou a demitir os cargos de confiança. A medida acontece em obediência à orientação do Ministério Público, e tem objetivo de diminuir os cargos comissionados na cidade. Ourinhos é recordista no número de cargos em comissão em todo o Estado. Curioso é que as demissões só tenham acontecido depois das eleições.

MUITO ALÉM DO CABIDEIRO – Informações de última hora dão conta de que as demissões de cargos comissionados da Prefeitura estão sendo levadas a cabo estendendo-se também ao quadro de estagiários lotados em várias secretarias. O burburinho traz a tona o fato de que a prefeitura está quebrada, sem dinheiro para pagar os menores salários da administração. O cenário que se desenha pós eleições é de terra arrasada.

CAOS – O novo prefeito vai se deparar com uma situação administrativa e financeira caótica. A demissão dos cargos comissionados e também de funcionários fora do rol de cargos de confiança sem que tenha acontecido concurso público para preenchimento das vagas, vai provocar falta de mão de obra no início da gestão, o que pode gerar muitas dificuldades.

HERANÇA MALDITA – O resultado das eleições não surpreendeu, já que a vontade popular estava expressa e clara nas ruas. O prefeito eleito Lucas Pocay terá a difícil tarefa de administrar a cidade em tempos de crise econômica e descrença na classe política.

CÂMARA RENOVA POUCO – Apesar de não estarem na ativa no último mandato, alguns dos nomes eleitos para a Câmara são velhos conhecidos da política. Apenas Cícero investigador, Raquel Spada, Eder Mota e Sargento Sergio podem ser considerados novos no Legislativo ourinhense.

FALTA REPRESENTATIVIDADE – Pelo menos cinco dos novos vereadores são ligados à igreja católica ou evangélica, e dois são de sindicatos. A Câmara de Ourinhos continua sem representantes da área da educação ou funcionalismo público. Os usineiros mantiveram seu representante, como fazem há anos; e a herança política do vereador Esquilo foi repassada para seu assessor Santiago, que foi eleito.

MESMOS MÉTODOS – A campanha eleitoral mostrou que o eleitor pede mudança só da boca pra fora. A velha prática dos candidatos oferecerem churrascos e até dinheiro continuou imperando, e foi decisiva para a eleição de alguns vereadores.

CHOQUE INDIGESTO – O prefeito eleito Lucas Pocay tem afirmado em entrevistas que assim que assumir fará um “choque de gestão”, espera-se que ele ainda explique de que forma a população vai sentir a eficiência na administração. Será a hora do discurso ser cobrado na prática.

FORA – A edição do Diário Oficial da última terça-feira publicou a exoneração do secretário de obras, Betão. Segundo comentários no período eleitoral, ele teria pulado no barco adversário, fazendo campanha para Lucas Pocay.

SAYONARA – O ex-prefeito Toshio Misato não perdeu só as eleições. Toshio viu seu grupo político se dividir e perdeu apoio de correligionários muito próximos. Vai ter muitos problemas jurídicos para enfrentar com a rejeição das contas de 2012 e o fato de ser considerado inelegível. Não vai ser fácil dar a volta por cima.

 

OSSO NA GARGANTA – A chamada “máfia da imprensa” foi denunciada pelo vereador Inácio J. B. Filho. Trata-se do custeio de setores da mídia ourinhense, incluindo jornais, rádios e sites utilizando recursos públicos. Em contrapartida, esses veículos de comunicação só publicam o que for do interesse da Prefeitura. Vamos ver como o novo prefeito vai se comportar com relação a essa questão, que envolve imoralidade e corrupção. 

© 1990 - 2023 Jornal Negocião - Seu melhor conteúdo. Todos os direitos reservados.