quarta, 30 de outubro de 2024

POUCAS E BOAS

Publicado em 16 maio 2016 - 09:33:46

           

QUALQUER SEMELHANÇA… – Se nos movimentos que envolvem a Câmara dos Deputados e Senado Federal a motivação é para preservar interesses de grupos políticos, pode-se dizer que o mesmo acontece na Câmara de Ourinhos. Na última sessão vereadores de um e outro grupo político usaram o microfone para ataque ou defesa de seus grupos, enquanto os interesses da população são deixados de lado.

DEUS CASTIGA – O vereador Inácio J. B. Filho ameaçou com castigo divino os responsáveis pela demora na realização de exames médicos como o de ressonância magnética. Segundo ele, pacientes aguardam até 3 anos para poder realizar o exame: “Essas pessoas receberão o castigo divino. Não vai ficar assim não”.

TREM FANTASMA – A instalação de um vagão de trem ao lado da Biblioteca Municipal não foi bem compreendida pela população. O vagão está em péssimo estado de conservação, restando apenas o esqueleto, o que inviabiliza visitas ao espaço. O vereador Inácio J. B. Filho mostrou fotos de seu interior, mostrando lixo e até um vaso sanitário. Segundo ele, o vagão é o espelho da atual administração: não funciona, não sai do lugar e é a cara do abandono.

PEGOU MAL – A notícia de que a Prefeitura estaria inadimplente com o governo do Estado, e portanto impedida de firmar convênios ou receber recursos causou revolta. É difícil para a população que paga impostos entender como estamos chegando a este ponto.

TEMPO DE ELEIÇÃO – A Prefeitura e a SAE vão gastar quase toda a verba de publicidade do ano antes das eleições. Todo investimento é necessário para tentar melhorar a imagem do governo, na tentativa de facilitar para o candidato do grupo Toshio-Belkis, que até agora ainda não foi lançado oficialmente.

DÓI MENOS – A tática de não apresentar um nome como candidato do grupo ligado à prefeita Belkis pode ser explicada: Quanto menor o tempo do nome ficar em evidência, menor também o trabalho que o grupo terá para aguentar e rebater as críticas ao governo, que não são poucas. 

POPULAÇÃO ALHEIA – Uma situação mostrada pelo vereador Inácio J. B. Filho na última sessão diz respeito à LAMBO, a Liga das Associações de Moradores de Bairros da cidade. Se as associações deixaram de existir e de se organizar, para que serve uma entidade como a LAMBO? Resposta: Seu presidente, que ocupa o cargo há muitos mandatos, trabalha bastante, mas só em prol de seus próprios interesses.

GOVERNOS DISTANTES – Os moradores dos bairros podem ser responsabilizados pela falta de participação nas Associações de Bairro. Mas os governos dos últimos anos também têm grande parcela de culpa: Tentaram “aparelhar” as associações, dando a elas um caráter político e desqualificando o trabalho coletivo. Para isso, foram oferecidos cargos comissionados aos membros das Diretorias, e só as entidades simpáticas aos governos receberam apoios. Resultado: O povo se afastou.

RIDÍCULO – Beirou o ridículo a pendenga entre a prefeita Belkis e o pré-candidato a prefeito, vereador Lucas Pocay, a respeito de uma emenda parlamentar destinada a pavimentação asfáltica. A prefeita ficou irritada por Lucas ter anunciado a conquista da emenda, e convocou uma coletiva com a presença dos jornais ligados à administração, para dizer que não era dele a iniciativa. Até os jornais financiados pela Prefeitura acharam que a Prefeita deveria aproveitar melhor seu tempo, já que trabalho deve ter bastante.

RIDÍCULOS 2 – A Coordenadoria de Comunicação da Prefeitura, encarregada de escrever as matérias que são enviadas aos órgãos de comunicação, tem se superado. Além das matérias que dizem que determinadas iniciativas aconteceram “pela primeira vez em Ourinhos”, quando a população está careca de saber que não é verdade, também são manipulados o número de pessoas presentes a eventos. Mas uma informação foi alvo de chacota nas redes sociais, e a matéria foi até excluída: Disseram que a realização dos Jogos Universitários injetou cerca de 2 milhões de reais no comércio ourinhense.

DEFENDENDO O INDEFENSÁVEL – O vereador Salim Mattar tentou defender o ex-prefeito Toshio na última sessão da Câmara, depois da divulgação da indisponibilidade de seus bens por recomendação do Ministério Público. O motivo foi um convênio feito entre a Prefeitura e a CIAP, o Centro Integrado de Apoio Profissional, que prestou serviços na área da saúde durante a administração Toshio. A entidade não conseguiu comprovar a legalidade de despesas realizadas, no valor de R$ 963.467,27. O que o decano vereador precisa entender é que a notícia apenas divulgou um fato que, querendo ele ou não, responsabiliza seu amigo de partido e ex-prefeito.

 

MEDO DE QUE? – O Deputado estadual Ricardo Madalena votou contra a instalação da CPI da merenda, que pretende investigar fatos que envolveram preços superfaturados na compra de alimentos para a merenda de alunos das escolas públicas estaduais. Quem não deve não teme, e a atitude do Deputado não pegou bem entre seus eleitores na cidade, que gostariam de saber qual o motivo para a negativa. 

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