sexta, 24 de janeiro de 2025
Publicado em 07 fev 2017 - 04:30:08
Renata Tibúrcio
Eduardo contatou nossa reportagem e explicou que ele e seus irmãos moram no bairro K-1 nas margens da BR 153 e BR 369, há mais de 30 anos e o pai há 58 anos e desde que a Praça dos Pedágios foi instalado na rodovia eles vêm sofrendo o descaso da empresa Econorte que não atende as reivindicações deles.
“Estamos presos aqui, pois há 15 anos a Econorte veio e invadiu parte da terra do meu pai para abrir a pista fechando nosso acesso, nossa casa é a última da rua e estamos presos sem saída. Tudo o que precisamos temos que ir até Marques dos Reis, mercado, posto de saúde e até escola, temos que atravessar as pistas para chegar até o distrito ou ir para Jacarezinho”, desabafou Eduardo.
Eduardo contou que já encaminhou à empresa requerimento solicitando a construção de uma passarela, poda do mato, melhorias no asfalto dentre outras benfeitorias, mas até o momento nenhuma delas foi atendida por eles.
“Diante desse descaso com nossa família nós decidimos por abrir o desvio, não pagamos o pedágio, temos o acesso livre, sei que esse pedágio está ilegal e ainda mais dentro das terras do meu pai, então abrimos para que as pessoas pudessem passar livremente sem dar lucro para eles”, informou Cunha.
Em entrevista os irmãos levaram nossa reportagem para circular pelo bairro na intenção de mostrar como os outros proprietários são privilegiados e eles não, com asfalto, mato cortado, “não quero nada do que não é do nosso direito, porque um lado recebe melhorias e nós não? Seria porque eles recebem benefícios próprios da empresa para aceitar o pedágio sem reclamações? Questionou Eduardo.
Após várias tentativas de negociação com a empresa os irmãos Cunha decidiram por abrir novamente o desvio, porém não contavam com a presença da PRF do Paraná e dos funcionários da Econorte que chegaram e sob pressão, segundo Eduardo, impediram que o desvio continuasse aberto.
“Os Federais chegaram aqui com os funcionários da Econorte dizendo que vieram cumprir uma ordem judicial expedida pelo Juiz do Fórum do Paraná, mas não nos apresentaram a ordem judicial e quando fomos tentar impedir os funcionários de executar o trabalho, nos intimidaram dizendo que iriam nos prender caso não acatássemos a ordem e apontou a arma, e todo tempo um deles segurava um spray de pimenta, foi muito tensa a situação, mas não conseguimos impedir que eles fechassem o desvio”, relatou Eduardo.
Os irmãos deixaram bem claro que caso suas reivindicações não sejam acatadas, vão abrir o desvio novamente e vão movimentar um protesto na pista.
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