terça, 24 de junho de 2025

Resgate de brasileira vítima de acidente na Indonésia entra no 3º dia

Publicado em 23 jun 2025 - 15:46:03

           

Às 5h desta segunda, meio da tarde na Indonésia, a família tinha dito que as buscas haviam sido novamente interrompidas

 

Da redação

 

Natural de Niterói (RJ), Juliana Marins é formada em Publicidade e Propaganda pela UFRJ e atua como dançarina de pole dance. Desde fevereiro, ela fazia um mochilão pela Ásia e já havia visitado Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia, onde na última sexta-feira, 20 de junho, caiu durante uma trilha no vulcão Rinjani, uma das atrações turísticas mais conhecidas da Indonésia.

 

Jovem Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha na Indonésia — Foto: Redes sociais

 

A queda ocorreu por volta das 19h00, pelo horário de Brasília. Ela teria escorregado e caído cerca de 300 metros abaixo da trilha original.

Desde então Juliana só foi vista através de imagens feitas com drones por turistas que ajudaram a localizar a jovem, mas o acesso até o local permanece difícil. Dois alpinistas experientes se juntaram à equipe que tenta resgatar a brasileira. Segundo familiares, os profissionais “estão indo ao encontro do local do acidente de Juliana”.

Às 6h30 [de segunda-feira (23) de Lombok, 17h30 de domingo (22) no Rio de Janeiro], a vítima foi localizada com o uso de um drone, em posição presa a um paredão rochoso, a uma profundidade de aproximadamente 500 metros, e visualmente sem sinais de movimento.”

 

 

Às 5h desta segunda, meio da tarde na Indonésia, a família tinha dito que as buscas haviam sido novamente interrompidas, 3 dias depois do acidente, e que não havia informações sobre como a Juliana estava. As buscas têm sido prejudicadas por condições climáticas adversas, como forte neblina e visibilidade reduzida.

“A operação enfrenta terreno extremamente difícil e condições climáticas instáveis. A neblina densa reduz a visibilidade e aumenta os riscos. Por segurança, a equipe foi recolhida a uma posição segura”, diz a postagem.

A irmã de Juliana, Mariana, afirmou que as informações de que a jovem teria recebido suprimentos são falsas. “Até agora não conseguiram chegar até ela. As cordas não tinham tamanho suficiente, além da baixa visibilidade”, disse.

O embaixador do Brasil na Indonésia admitiu ter divulgado informações incorretas com base em dados repassados por autoridades locais. “Foi um erro de comunicação inicial”, disse ele em ligação divulgada pelo Fantástico.

A família também criticou duramente a atuação do parque. “Turistas seguem fazendo trilhas normalmente, enquanto Juliana está sem socorro, sem água, sem comida e sem agasalhos”, postou o perfil da família.

“Aparentemente é padrão nessa época do ano que o clima se comporte dessa forma, eles têm ciência disso e não agilizam o processo de resgate! Lento, sem planejamento, competência e estrutura!

A família segue cobrando das autoridades maior agilidade e transparência na operação de resgate.

O perfil @resgatejulianamarins, canal oficial criado por parentes, informou que os profissionais estão equipados, mas ainda não há confirmação se o resgate continuará durante a noite. A página afirmou que Juliana parecia estar a 600 metros desfiladeiro abaixo.

 

 

Um dos alpinistas experiente que foi dar apoio ao resgate da brasileira postou vídeos do local onde eles estão acampados. O homem identificado como Agam está com um parceiro a caminho do local do acidente – que fica a mais de 6 horas do início da trilha.

No vídeo postado por ele dá para notar que a visibilidade no local é ruim. A trilha é muito escura e ele está com lanternas. Ele mostra cordas, capacetes, uma maca e outros equipamentos. O vídeo foi postado pouco mais de meia-noite do horário local.

Agam também mostra outra barraca no acampamento e mantimentos como água. Nas redes sociais, Agam disse que só para a operação de resgate quando alcançarem a jovem.

O ponto onde Juliana foi localizada parece estar entre 500 e 600 metros abaixo no desfiladeiro.

(Fonte: g1/imagens g1)

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