terça, 14 de janeiro de 2025
Publicado em 15 ago 2017 - 11:41:58
Alexandre Mansinho
Em entrevista publicada em um portal de notícias ourinhense, Wellington da Silva, o policial militar reformado e assassino confesso de Josiane, afirma (in verbis) que: “tudo aconteceu porque eu a amava de verdade e não suportei o jeito e ação dela naquele dia (…) fiz cagada porque ela ontem me humilhou e ficou me provocando e quando vi ela saindo com um cara, perdi a cabeça”. Ainda segundo o noticiário, a entrevista via aplicativo de celular teria acontecido pouco antes de Wellington se entregar.
No entanto, parentes e amigos de Josiane questionam, revoltados, as afirmações do assassino confesso, visto que, segundo eles, os dois já não estavam juntos e, ainda segundo essas pessoas, a impressão que dá é que ele está “pagando de coitado”. Letícia Martins, colega de faculdade da vítima, no curso de Direito da Faculdade Estácio de Sá, revelou à reportagem do Negocião que Josiane era amável, companheira e que as justificativas do assassino demonstram um machismo absurdo: “ele (Wellington) não teve o menor respeito pela família, está tentando pintar a Josi como uma vagabunda que estava traindo ele – isso é mentira – eles já estavam separados (…) e mesmo se eles estivessem juntos, ninguém tem o direito de fazer isso”.
“Era um cara de paz, não sei por que ele fez isso” – A reportagem do Jornal Negocião procurou amigos e parentes de Wellington para perguntar se havia antecedentes de violência em seu comportamento, um amigo, que fora colega de farda, disse: “ele era equilibrado, nunca foi violento e era um ótimo colega”. Já outro amigo, que faz parte do grupo de motoqueiros que Wellington frequentava, diz: “ele era colega, boa pessoa, todos ficamos assustados com isso (…) era um cara de paz, não sei por que ele fez isso”.
“Ele nunca prestou” – Cristiane Calistro, irmã de Josiane, declarou ao Jornal Negocião que ninguém da família gostava de Wellington: “ele batia nela, ela escondia isso da gente por vergonha – ele vinha com aquela história de pedir desculpas e ela aceitava (…) ele nunca prestou, ninguém da família dela apareceu no casamento deles (…) a arma que ele tinha foi apreendida uma vez, por causa de um B.O. que ela fez dele na Delegacia da Mulher (DDM), mas, na última vez que eles reconciliaram, ela foi na DDM e tirou a queixa (…) mal sabia ela que a arma que foi devolvida seria a arma que a mataria”.
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