segunda, 10 de novembro de 2025
Publicado em 26 dez 2017 - 06:51:56
Alexandre Mansinho
SAÚDE PÚBLICA – Talvez tenha sido a pasta que mais encontrou dificuldades no trabalho em 2017: havia um déficit de exames laboratoriais de baixa complexidade, havia carência de profissionais médicos e havia também necessidade de reordenamento de gestão. A secretária Cássia Palhas promoveu diversas mudanças que tiveram resultados positivos.
Porém, apesar dos acertos, a Secretaria da Saúde não ficou imune às críticas e às polêmicas: a relação entre a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que, embora tenha gestão privatizada, é de gerência da prefeitura, e a Santa Casa de Ourinhos, que é de gestão independente, permaneceu durante todo o ano de 2017 em clima de tensão. A gestão das vagas de atendimento de urgência e emergência, além das internações, encontraram inúmeras dificuldades em virtude da falta de verbas e do repasse insuficiente por parte do SUS.
EDUCAÇÃO – A Escola Técnica Estadual, ETEC, e a Universidade de São Paulo, UNESP, ambas unidades de Ourinhos, passaram por dificuldades no ano de 2017.
O caso da ETEC ficou por conta da diminuição do número de vagas para estágio do curso de Enfermagem na Santa Casa de Ourinhos, o caso da UNESP, que neste ano inaugurou novas instalações, se deu pelas condições de dificuldade que os alunos passam para poder permanecer no curso. Para os dois casos a justificativa foi a carência de verbas para subsídio.
ESTRADAS – Outro episódio que marcou o ano foi o da luta pela reestruturação dos trevos das rodovias que cortam o perímetro urbano de Ourinhos. Embora com estilos diferentes, tanto o gabinete de Pocay quanto as forças de oposição avançaram na conquista de obras importantes para melhorar a segurança dos motoristas e pedestres que passam pelos trevos.
Vila Brasil, Jardim Itamaraty e Parque Minas Gerais são os bairros nos quais as estradas oferecem mais riscos tanto aos transeuntes quanto aos condutores.
GREVE DO FUNCIONALISMO – Logo no começo da gestão Lucas Pocay, uma greve de mais de 50% do funcionalismo foi o primeiro grande desafio do executivo. O Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais considerou o resultado da greve “o melhor possível diante da situação de crise financeira”.
FAPI – A maior polêmica do ano – a crise financeira pegou a maior feira agropecuária de portões abertos da América Latina e transformou em um grande problema. A cobrança dos shows não foi bem aceita pela população e o número de visitantes caiu muito.
ASSISTÊNCIA SOCIAL – Talvez a secretaria que mais tenha alcançado resultados positivos tenha sido a da Assistência Social. A reestruturação do Centro POP e as políticas de atendimento aos usuários dos serviços públicos de socorro social foram elogiadas por todos, além de servirem de referência para as cidades da região.
SAE – 2017 foi o ano em que a administração da SAE finalmente esclareceu a população de que não há superávit, pelo contrário, a SAE já chegou a operar no vermelho por vários meses. As ocorrências de desabastecimento ou fornecimento irregular de água, somadas as necessidades de investimento em infraestrutura para, entre outras coisas, atender as exigências da CETESB, fez da Superintendência de Água e Esgoto de Ourinhos o maior desafio a ser enfrentado pelo executivo municipal.
SECRETARIA DE CULTURA – Com a saída da Profª. Terezinha de Paula (Tiririca) da direção da Escola de Bailado e diversos desencontros com a gestão de Paulo Flores a frente da Secretaria de Cultura, a primeira polêmica do Governo Lucas ficou por conta das alterações didáticas e administrativas nas escolas regidas por essa pasta.
Flores ficou apenas com a direção da Escola de Música e deixou a secretaria para Rodrigo Donato, que foi feliz na função de apaziguar os ânimos. Atualmente as alterações didáticas e procedimentais introduzidas por Paulo Flores e levadas a cabo por Donato surtem resultados positivos.
AUSTERIDADE FISCAL – Aliadas às já comuns campanhas de renegociação de dívidas (REFIS), a Prefeitura impôs uma fiscalização mais intensa para as atividades comerciais exercidas no município. Por meio de nota a Secretaria de Comunicação afirmou que a nova gestão não daria espaço ao “jeitinho” como forma de burlar as leis.
Um episódio que marcou essa nova postura foi a apreensão das verduras de Augusto C. Raimundo, que trabalhava ao lado do Supermercado Avenida. A Câmara dos Vereadores ainda estuda mudanças no código de posturas e está recebendo diversos comerciantes para resolver esse problema (foto).
ASSALTOS A RESIDÊNCIAS E À ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS – Embora as autoridades policiais argumentem que as estatísticas mostram que Ourinhos não é uma cidade violenta (em comparação com outras cidades do mesmo porte), a sensação de insegurança tomou conta da população.
Vários casos de furtos e roubos a residências e a estabelecimentos comerciais estimularam ainda mais os munícipes a investir em segurança: é cada vez mais comum que pessoas invistam em grades, cercas elétricas e sistemas de vídeo.
ASFALTO – O tema do recape asfáltico atravessou o ano de 2016 e continuou em alta no ano de 2017 – reclamações de todos os pontos da cidade acabaram forçando o governo Pocay a dar uma resposta rápida. O novo secretário do setor encarregado dos serviços urbanos, Inácio J. B. Filho, junto com sua equipe, dividiu a cidade em setores, classificando as ruas conforme a necessidade de recape.
O trabalho seguiu colecionando elogios e críticas. Houve quem criticasse a qualidade do asfalto, dizendo que “desmancharia na primeira chuva”, já houve quem elogiou dizendo que a prefeitura chegou em ruas nas quais não havia manutenção havia décadas. Já no final do ano a municipalidade divulgou a aquisição de uma usina asfáltica que irá, segundo nota do governo, agilizar o trabalho de recape.
FOOD TRUCKS – Com o crescimento do desemprego, Ourinhos experimentou um crescimento enorme no número de pessoas que optaram por trabalhar de forma autônoma. O setor preferido desses trabalhadores a procura de uma forma de obtenção de renda é o das refeições rápidas – conhecido também como Food Trucks.
Aliados aos outros trabalhadores autônomos, os “carrinhos de lanche” têm invadido as praças e passeios públicos. A população vê com simpatia esses empreendimentos, porque os lanches são baratos e, em alguns casos, criativos.
TRÂNSITO – Outro setor que não economizou polêmicas nesse ano de 2017 foi o Departamento de Trânsito. Hoje ele é parte da recém criada Secretaria de Segurança Pública, no entanto, ainda nos primeiros meses do ano, alterações promovidas pelo departamento provocaram protestos dos comerciantes.
A instalação de radares fixos, medida que a Prefeitura considera necessária para a segurança dos pedestres, também provocou reclamações. Convém ressaltar que, após uma primeira impressão ruim, atualmente, com uma comissão de trânsito composta por diversos setores da sociedade, as propostas de reestruturação estão encontrando muito menos resistência.
© 1990 - 2023 Jornal Negocião - Seu melhor conteúdo. Todos os direitos reservados.