O laboratório PDT Pharma, em Cravinhos, produziu o primeiro lote da fosfoetanolamina para enviar para o encapsulamento na Fundação para o Remédio Popular (Furp). São 35 quilos da substância que serão transformados em 70 mil cápsulas. O envio deve ser feito assim que o Laudo de Análise Microbiológica ficar pronto. O que deve ocorrer em até 10 dias, segundo a direção da empresa. O deputado estadual Ricardo Madalena (PR); que é pioneiro no trabalho para viabilizar os testes clínicos; comemorou a produção deste primeiro lote do produto para encapsulamento da ‘pílula do câncer’. ”A perseverença foi fundamental, mais um importante passo foi dado para que os testes clínicos finalmente possam ser realizados e a fosfoetanolamina possa ser liberada pela Anvisa”, declarou Madalena.

Apesar da produção da substância ter sido encaminhada, o parlamentar não descansa em sua luta. As ações continuam. Em fevereiro desde ano, solicitou ao governador que autorizasse o laboratório PDT Pharma a produzir quantidade suficiente para atender a demanda de pacientes com liminar judicial. Um mês depois, o deputado reiterou o pedido ao governador.No dia 06 de abril, o parlamentar enviou solicitação ao reitor da USP, Marco Antônio Zago, para que a Procuradoria Geral da universidade retirasse a representação criminal por curandeirismo e crime contra a saúde pública em oposição ao professor Gilberto Chierice.

No último dia 26 de abril, com base na lei 13.269, de 13 de abril de 2016, sancionada pela presidente da República, que autorizou o uso da fosfoetanolamina sintética por pacientes com tumores malignos; Madalena insistiu para que o governador autorize o Laboratório PDT Pharma a produzir a substância para atender os mais de 15 mil pacientes que acionaram a justiça. “Por imperativo constitucional a saúde é dever do Estado e direito dos cidadãos, conforme disposto nos artigos 196 e 198 da Constituição. Os responsáveis são os governantes, então, nada mais justo que lutarmos para que o governador Geraldo Alckmin assuma as 15 mil ações judiciais que solicitam acesso à fosfoetanolamina e autorize o laboratório PDT Pharma a produzir mais a substância para atender os pacientes. Eu espero que o governador altere o contrato com o PDT Pharma para atender a demanda judicial e também de quem mais entrar na justiça para que os portadores desta terrível enfermidade que é o câncer possam ter esperança de vida novamente” afirmou Madalena. 

Testes Clínicos – Após encapsuladas, a substância será encaminhada ao Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), responsável por coordenar a distribuição das pílulas aos hospitais que farão o estudo clínico nos próximos seis meses. Segundo o diretor administrativo do laboratório, Sérgio Perussi, outros cinco lotes da substância serão destindo à Furp nos próximos cinco meses. Na primeira fase da pesquisa, 10 pacientes serão avaliados para determinar a segurança das doses. Caso a fosfoetanolamina não apresente efeitos colaterais graves, os testes passarão a ser realizados com mais 21 pacientes em cada grupo de tumor diferente. Serão estudados os efeitos em pacientes com tumores na cabeça e pescoço, pulmão, mama, cólon e reto, colo uterino, próstata, melanoma, pâncreas, estômago e fígado. Constatados sinais de atividade da substância, o estágio seguinte incluirá 20 pacientes em cada grupo. Comprovada a atividade relevante da fosfoetanolamina, novos pacientes vão sendo incluídos, nos teste, até chegar a um total de mil pessoas. O estudo será coordenado pela Secretaria de Estado da Saúde, com investimento estimado em R$ 5 milhões.