quinta, 26 de dezembro de 2024

Trevo da Raposo Tavares oferece riscos de acidente para motoristas

Publicado em 21 out 2016 - 10:26:06

           

Alexandre Q. Mansinho

Há 6 anos o trecho da Rodovia Raposo Tavares que entra na cidade de Ourinhos, pelo bairro Parque Minas Gerais, teve seu trajeto redesenhado e ganhou um canteiro central. Tais medidas arquitetônicas e urbanísticas representaram, em princípio, uma melhor fluidez no trânsito e uma aparente segurança para o pedestre. No entanto, com o aumento do fluxo de veículos e o aumento da população da cidade, sobretudo com a construção de novos loteamentos na região do Parque Minas Gerais, o trevo se tornou uma ameaça à segurança da população e dos motoristas.

Maria de Lourdes da Silva, que mora em uma casa que fica bem próximo ao trevo, denuncia o risco que todos sofrem ao transitar naquele trecho: “todo dia tem batida aqui, nós já reclamamos pra Prefeitura mas eles dizem que é responsabilidade do DER – ninguém faz nada”, reclama. “Os ônibus e as carretas fazem manobra aqui em cima da minha calçada – dá pra ver que tá tudo quebrado; meus netos não podem sair na calçada, quando os ônibus fazem a curva dá a impressão que eles vão levar um pedaço do muro”, completa.

Robson da Silva Ferreira, outro morador do trecho próximo ao trevo, alerta que os pedestres correm risco ao atravessar a rodovia: “tenho filhos e morro de medo que eles atravessem sozinhos a rodovia, até os adultos correm riscos – não há passarela, não há nem faixa de pedestres – a prefeitura poderia fazer alguma coisa, mesmo não sendo responsabilidade dela, acho que eles vão esperar alguém morrer”, critica. “A sinalização também é ruim, há uma lombada eletrônica, mas ela fica longe, não ajuda em nada”.

Procurada pela reportagem do Jornal Novo Negocião, a Prefeitura de Ourinhos respondeu o que todos já sabem – a responsabilidade da Rodovia Raposo Tavares é do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). O DER foi contatado e, até o término dessa edição, não emitiu nenhuma nota em resposta. Em seu site oficial na internet (der.sp.gov.br), consta uma matéria, datada do mês de maio de 2016, na qual o órgão afirma estar fazendo um trabalho de mapeamento do fluxo de cargas no trecho da Raposo Tavares que corta Ourinhos – mas, até o momento, nada foi realizado para disciplinar o trânsito.

Gilmar Freitas, motorista que usa todos os dias o trevo, alerta sobre os erros de projeto do trecho: “todo o desenho deveria ser refeito, no mesmo lugar onde os veículos que vêm da rodovia devem entrar, entram também os veículos que vêm dos bairros; no meio dessa bagunça toda ainda estão os pedestres que atravessam no meio do trânsito”, afirma. “É necessário que se mude a mão das ruas que cercam o trevo para que não haja carros nos dois sentidos – isso é algo que a prefeitura pode fazer”.

 

João Roberto, proprietário de um bar que fica em frente ao trevo, alerta que cidades menores, como Salto Grande e Chavantes, têm trevos com viadutos – já Ourinhos, com um fluxo de veículos e um número de habitantes bem superior, tem que conviver com esse risco: “tínhamos que ter um viaduto aqui, e uma passarela também – o número de habitantes só faz crescer, mas a estrutura de trânsito ainda é a mesma. No horário do almoço e das 17h às 19h isso aqui é um “deus nos acuda” – tem trombada e motoqueiro no chão quase todo dia”, protesta.

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