quarta, 30 de abril de 2025

Viatura de Resgate Animal faz parte da estruturação do Departamento de Proteção Animal

Publicado em 27 set 2019 - 14:14:07

           

O veículo hoje oferece melhores condições aos fiscais que atendem as denúncias de abandono e maus tratos

 

Letícia Azevedo

A Prefeitura de Ourinhos disponibilizou uma viatura para oferecer suporte ao Departamento de Proteção Animal nos atendimentos às denúncias de maus tratos de animais. A iniciativa é uma etapa para a estruturação do Departamento de Proteção Animal do município.

A equipe do Jornal Negocião entrou em contato com o secretário do Meio Ambiente, Maurício Amorozini, que esclareceu que a aquisição da viatura faz parte de um projeto que está começando a ser desenvolvido, e que a primeiro momento as ações serão limitadas, por conta da reestruturação da ênfase a causa animal.
O secretário apontou que a viatura hoje serve para dar uma estrutura maior aos fiscais que atendem as denúncias. “O primeiro objetivo da viatura é dar uma condição melhor para que o fiscal possa atender essas ocorrências, haja visto que esse mesmo fiscal atendia as denúncias utilizando uma bicicleta” – afirmou.

Maurício Amorozim relatou que o veículo é apenas um passo, rumo a uma nova era da Causa Animal.

A segunda etapa desse projeto, segundo Maurício, é a realização de um concurso público para a contratação de dois veterinários. “Se nós possuímos uma viatura de resgate animal, nós necessitamos de técnicos que possam trabalhar com esses animais recolhidos. Já está em processo administrativo a questão da realização do concurso público para a contratação de dois veterinários (um para cuidar de animais de porte pequeno e outro para animais de porte grande). O fiscal hoje, trabalha de maneira paliativa, ou seja, ele só pode orientar. Os veterinários podem trabalhar de maneira mais segura, por terem conhecimento técnico. Por isso, apenas um veterinário pode dar um laudo com a certeza de como esse animal está” – explicou.

O município hoje conta apenas com dois locais que recolhem esses animais abandonados ou vítimas de maus tratos. “Apesar de saber que os locais estão super lotados, Ourinhos conta com o APAS e a ADAO para o acolhimento desses animais. Existe um projeto futuro para a aquisição de um local específico para a realização de uma triagem, onde o animal possa ser atendido e depois do laudo técnico, o veterinário definir qual o seu destino. Mas isso depende de orçamento, de planejamento e também da parte legal”.

Maurício apontou que depois da divulgação da notícia da aquisição da viatura, muitas pessoas pelas redes sociais consideraram como “fake news” o assunto e questionaram qual seria a viabilidade do veículo, haja vista que no momento pouco pode ser feito pela Secretaria do Meio Ambiente por conta da deficiência de estrutura. “Nós estamos dando um passo, melhorando minimamente uma estrutura que não existia. Disponibilizamos uma estrutura diferente para o fiscal e também para os animais. Estamos começando a instrumentar a fiscalização da causa animal. Não poderíamos começar com outra coisa que não fosse a aquisição de um automóvel. É um começo, e demos o primeiro passo”.

 

Indagado sobre a possível vinda de um veículo “Castra Móvel” para a cidade de Ourinhos, como já anunciado pela Prefeitura Municipal em novembro do ano passado pelo vereador Eder Mota, Maurício relatou que a vinda do veículo “Castra Móvel” pede uma estrutura de suporte. “Não adianta hoje termos um veículo desse porte, sendo que se alguma emergência ocorrer, o animal necessitar de uma internação por algum motivo, nós não teremos a estrutura necessária para atender a esse animal. Temos que formar um convênio, para que uma clínica esteja disponível para atender as emergências que não estão a salvo de acontecer. O “Castra Móvel” é extremamente benéfico e seria um plus para a cidade, mas não isenta a necessidade de uma clínica de plantão, para que o munícipe possa recorrer”.

Veículo foi anunciado em novembro do ano passado, mas ainda sem previsão para o funcionamento.

Maurício disse que é necessário pensar de maneira responsável e compromissada em relação a educação ambiental, que englobam também a causa animal. “Talvez por falta de conhecimento as pessoas anseiem a resolução rápida de certos problemas. Mas cabe a nós pensar quais as dificuldades e precauções a serem tomadas para evitar outros tipos de problemas. É necessário alinhar todas as ideias para que tudo corra da melhor maneira possível” – finalizou o secretário.

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