quarta, 09 de outubro de 2024
Publicado em 15 jan 2018 - 11:13:35
O jornalista William Waack, ex-âncora do Jornal da Globo, publicou neste domingo (14) um artigo no jornal Folha de São Paulo em que se defende das acusações de racismo.
“Aquilo foi uma piada —idiota, como disse meu amigo Gil Moura—, sem a menor intenção racista, dita em tom de brincadeira, num momento particular. Desculpem-me pela ofensa; não era minha intenção ofender qualquer pessoa, e aqui estendo sinceramente minha mão.”
É a primeira vez que ele se manifesta sobre a polêmica gerada por um vídeo vazado na internet em novembro do ano passado.
A filmagem é de uma entrevista em 2016 com Paulo Sotero, diretor do Brazil Institute, do Wilson Center, realizada em um estúdio em frente à Casa Branca, na capital dos Estados Unidos.
“Tá buzinando por quê, seu m. do cacete? Não vou nem falar porque eu sei quem é.” O jornalista olha para o convidado e abaixa a voz: “É preto. É coisa de preto.”
A repercussão do episódio levou ao seu desligamento da TV Globo em dezembro, anunciado em carta conjunta entre o apresentador e a emissora.
No artigo de hoje, Waack agradece o apoio das pessoas que “mesmo bravas com a piada que fiz, entenderam que disso apenas se tratava, não de uma manifestação racista” e reconhece que mesmo piadas podem ser uma consequência irrefletida de um histórico social discriminatório.
Ele reconhece que existe racismo no Brasil, mas que sua vida profissional e pessoal é “prova eloquente” de que sempre combateu intolerâncias de qualquer tipo.
Fonte: Extra
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