terça, 15 de outubro de 2024

Comércio local vive um momento de muitas dúvidas e preocupações

Publicado em 05 abr 2020 - 23:18:54

           

O cenário observado no mundo trás medo e opiniões se dividem de várias formas

 

Juliana Neves

 

Covid-19, a doença causada pelo Coronavírus, fez o mundo entrar em pânico e buscar medidas protetivas de forma muito rápida para diminuir e/ou amenizar a proliferação do vírus que é muito rápida. Diante deste cenário, foi preciso algumas mudanças no cotidiano do brasileiro a partir de ações governamentais.

O governador decretou isolamento social total a partir do dia 23 de março até 7 de abril para a proteção da saúde de todos. Com isso, somente alguns estabelecimentos comerciais considerados essenciais deveriam continuar com as portas abertas, situação que fez surgir diversas opiniões entre os empresários do comércio geral do município.

FORÇA DA LEI – “O que é certo são as empresas fecharem, por força da lei e muitas não vão mais abrir. Algumas vão encolher e diminuir o quadro de colaboradores, muitos empresários já estavam passando por momentos difíceis e o fechamento piorou a saúde financeira da empresa. Não estamos vendo ajuda, com relação aos débitos de impostos, folha de pagamento, renegociação de dívidas com bancos e empresas estatais e tantos outros custos. São apenas promessas e discursos vazios. Se o governo federal, estadual e municipal não tomar uma providência urgente a situação vai ficar muito complicada. Assim sendo, as manifestações recentes pedindo a reabertura dos estabelecimentos são um direito legítimo de cada um. Temos que respeitar”, fala Alexandre Mariani, empresário do ramo de calçados.

Alexandre Mariani, empresário ourinhense do ramo de calçados

SEGURANÇA – Priscila Aparecida do Nascimento, vendedora de uma loja de equipamentos de proteção, afirma que não fecharam as portas 100% e adaptaram o atendimento, já que seus clientes são hospitais, indústrias, por exemplo, que continuam funcionando. “Penso que se voltar abrir as lojas, deveria voltar com muita segurança para com a nossa saúde, porque as pessoas podem não respeitar e não entendem a importância de manter boas medidas básicas de prevenção à doença, como a utilização de álcool em gel, manter distância das pessoas, controlar o número de clientes no local, entre outras ações”, opina Priscila.

Priscila é vendedora em uma loja de equipamentos de proteção

HIPOCRISIA – Já para Leonardo Ricardo do Amaral Cardoso, proprietário de uma empresa de dedetização, manter tudo fechado não é a melhor solução. “Acho que shows, eventos, feiras, são necessários de ser suspensos, porém fechar tudo gerará uma crise bem pior dentro de alguns dias. Não temos estrutura para ficar dentro de casa igual na Europa. É hipocrisia as pessoas com casas confortáveis e serviços de atendimento em geral pedirem para os mais simples fazerem o mesmo”.

Leonardo Ricardo do Amaral Cardoso, proprietário de uma empresa de dedetização

 DEMOCRACIA – “Devemos reabrir com cuidados, não temos diferença em relação aos profissionais que atuam nas áreas consideradas essenciais ao cotidiano, podemos trabalhar como eles. E toda manifestação realizada recentemente mostra o descontentamento de muitos, mas respeito quem não é a favor, vivemos em uma democracia”, declara Marcos Jorge Pereira, empresário do ramo de confecções.

Marcos Jorge Pereira, proprietário de uma rede de loja de roupas

CAUTELA – Por fim, Mauro Sergio Franco, proprietário de ótica, possui uma opinião dividida. “Desde o primeiro momento, acreditei nas duas situações: parar com cautela e manter aberto com cautela. Infelizmente o país não parou e, sim, parte do país. Minha opinião seria reduzir o quadro de funcionários evitando muitas pessoas no mesmo local ao mesmo tempo e trabalhar com no máximo um ou dois clientes na empresa, não falo isso só por mim empresário, mas respondo por 100% dos funcionários que me ligaram pedindo pra voltar ao trabalho tomando os devidos cuidados, como distância do cliente, atender um por vez, higienizar a todo o momento quem entra e sai”.

Mauro Sérgio Franco atuante no mercado de ótica

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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