quinta, 28 de março de 2024
Considerados um grupo de risco, seja por necessidade ou não, idosos ainda são vistos com frequência pelas ruas
Juliana Neves
O que mais se ouve neste período de pandemia que vivemos, é sobre os cuidados necessários com as pessoas que fazem parte dos grupos de risco, àqueles com mais probabilidade de serem contaminados com a Covid-19. Entre eles estão os idosos, que têm a saúde mais fragilizada e devem se manter isolados.
Em Ourinhos, todos os dias, ainda é possível ver muitos deles pelas ruas da cidade, nos supermercados, nas filas dos bancos, expostos, e muitos têm dificuldades para aceitar que precisam se isolar para se protegerem.
Nossa reportagem conversou com a Sra Maria, no estacionamento de um supermercado da cidade e a questionou sobre a necessidade de estar ali. “Não tenho mais paciência de ficar em casa, não acredito que vou pegar essa doença”, afirmou rapidamente a idosa.
Outras pessoas, porém, acabam se adaptando e aproveitam o momento de uma forma bastante sadia para o corpo e para a mente.
Neide Conceição Pontara Negrão, 73 anos – “A minha saúde é delicada, sou hipertensa, diabética e faço tratamento do câncer, então, me enquadro no paciente de alto risco. Por isso, tenho muita consciência disso e aceito bem o isolamento. Não está sendo difícil porque sou caseira, porém passei a rezar mais, pegando gosto pela oração, na agitação do dia a dia eu rezava esporadicamente. Participo das missas pela TV e minha fé aumentou. Com Jesus tudo passa e o fardo dessa Pandemia com Ele fica mais leve. O isolamento nos uniu mais como família, e nos uniu a Deus ainda mais na intimidade”.
Pedra Pereira Da Silva Andrade, 60 anos – “Acho importante o isolamento social, porque desta forma estamos nos preservando, e não somente a nossa vida, mas também a vida do próximo. Enquanto isso temos mais tempo para cuidar de nossa casa, principalmente, o quintal que também precisamos ficar livre da dengue. Eu moro sozinha, meus filhos moram longe, portanto eu saio somente quando preciso resolver alguma coisa”.
Elza de Oliveira Picoli e Luiz Picoli Neto, 70 e 76 anos – “Achamos difícil, mas entendemos a importância para manter a saúde e segurança. Aproveitamos para fazer mais bolos e pães e organizar armários, guarda-roupas, costurar e realizar alguns reparos em nossa casa. Não estamos saindo para nada e, assim, cuidamos da nossa saúde, nossos filhos estão dando o suporte necessário, como ir ao mercado e ir à farmácia.”
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